Arthur Lira, presidente da Câmara
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Arthur Lira, presidente da Câmara


Aliados de Arthur Lira (PP-AL) sugeriram a ele a tirar o “pé do acelerador” contra o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Auxiliares dizem que o vazamento de informações da operação feita pela Polícia Federal contra ex-assessores do presidente da Câmara é um recado que o Palácio do Planalto não será um refém passivo do Congresso Nacional.

Na semana passada, Lira deixou no limite a aprovação da MP da reestruturação dos ministérios e reclamou publicamente da articulação do governo federal. Porém, Lula entrou no jogo, agitou a base governista e conseguiu a aprovação da medida provisória tanto na Câmara quanto no Senado.

O petista também prometeu maior participação nas negociações entre Executivo e Legislativo, além de estar conversando com lideranças do Centrão para fazer mudanças de ministros – Daniela Carneiro e Juscelino Filho devem perder os cargos no Turismo e Comunicação, respectivamente.

Porém, Lira se tornou alvo de um novo escândalo. Ele foi responsável por ter indicado R$ 5,8 milhões de emenda do orçamento secreto usada por prefeitura para compra de kit de robótica. Segundo investigação da PF, a verba teria sido desviada por Luciano Cavalcante, ex-assessor do presidente da Câmara.

O Supremo Tribunal Federal também colocou em pauta a análise de um recurso do deputado contra uma acusação de corrupção.  A denúncia foi arquivada na tarde de hoje pelo STF.

O entendimento de aliados de Lira é que ele agora será foco da justiça e precisará tomar todos os cuidados.

Conselhos para Arthur Lira

O presidente da Câmara foi avisado que essas ações da justiça não são “mera coincidência”. Aliados têm certeza que há um dedo do governo federal, o que seria uma retaliação com o comportamento do deputado, que tenta colocar o Planalto contra a parede.

No domingo (4), Lira foi aconselhado a diminuir a temperatura e tentar se mostrar solicito com o presidente Lula. Na segunda (5), o deputado apresentou as reclamações dos parlamentares e se colocou à disposição para ajudar o governo federal.

Também deixou claro que não praticará nenhum boicote a Lula, porque não tem o interesse de seguir o mesmo caminho que Eduardo Cunha.


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