Republicanos e PP demonstraram mais uma vez que o flerte com o governo Lula (PT) está muito forte. Após iniciarem articulações na Câmara para ajudar a base governista, os dois partidos resolveram deixar o bloco de oposição Vanguarda, no Senado , para criar um novo grupo. Sendo assim, o Partido Novo e o PL ficarão isolados na Casa a partir de agora.
No começo da legislatura, as quatro legendas se uniram para tentar eleger Rogério Marinho (PL-RN) como presidente do Senado. Porém, Rodrigo Pacheco conquistou a preferência da maioria dos parlamentares ef oi reeleito para comandar o Senado pelos próximos dois anos.
Quase três meses depois da eleição na Casa, o quarteto passou a negociar cargos no Senado, mas passou a enfrentar dificuldades. A alegação é que existiam muitas pessoas no bloco e isso estava atrapalhando as negociações, segundo informou o colunista Guilherme Amado, do Metrópoles.
Porém, conforme apurou a coluna Panorama, do Portal iG, PP e Republicanos não possuem interesses iguais ao PL e Novo. As duas primeiras legendas querem manter a independência, enquanto negociam com o governo federal para integrar a base governista.
O PP só não oficializou porque Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, quer aprofundar suas conversas com Lula e Ciro Nogueira (PP-PI) acredita que precisa continuar ao lado do bolsonarismo. Já o Republicanos tem feito cálculos políticos para saber se, uma adesão ao lulismo, prejudicará seus mais importantes quadros, como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas.
Fato é que, caso não estejam 100% na base governista, PP e Republicanos não querem estar ligados aos radicais de oposição. Desta forma, resolveram abandonar a Vanguarda e criar um bloco próprio.
PL e Novo se sentem livres
O Novo, representado pelo senador Eduardo Girão, e o PL não se incomodaram com as saídas de PP e Republicanos da base de oposição. O entendimento é que agora as duas siglas terão mais liberdade para se posicionarem contra o governo Lula.
A ideia é radicalizar ainda mais e “bater pesado” nas ações do governo federal. O papo de “oposição consciente” já foi deixado para trás.
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