Presidente Lula
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Presidente Lula


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está incomodado com seus ministros . Ele não vê da parte de ninguém a iniciativa de criar um projeto que se transforme no seu carro-chefe. Na avaliação do petista, todos são eficientes para reconstruir o país, mas até agora não trouxeram nenhuma novidade que “salte aos olhos” da população.

O governante conversou com aliados para saber se há algum plano inovador que o coloque no centro das atenções de forma positiva. Porém, escutou de pessoas próximas que o momento é de reestruturar a casa para depois encontrar algum projeto que fuja da obviedade.

No primeiro mandato, Lula tentou emplacar o Fome Zero, mas não obteve sucesso. O grande chamariz do seu governo foi o Bolsa Família, que permitiu a saída de milhões de pessoas da linha da pobreza. Ele também agradou os brasileiros com o FIES, Prouni e Sisu, facilitando a entrada de estudantes pobres em universidades particulares e públicas.

Já no segundo mandato, Lula apostou em grandes obras e eventos para atrair a mídia. O petista conquistou os Jogos Olímpicos de 2016, a Copa do Mundo de 2014 e colocou o Brasil como um dos lugares prediletos dos investidores. Entregou o cargo a Dilma com quase 90% de aprovação.

Só que agora seu governo tem sido considerado “burocrático”. E o presidente não quer uma gestão “burocrática”. Por isso tem cobrado dos ministros ideias ousadas e diferentes para apresentar ao país.

Ministros fazem o contraponto

Os ministros concordam com Lula que o governo está “burocrático”, mas acusam o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) de ter “destruído” as contas do governo e esfarelado as políticas públicas, obrigando a atual gestão a reconstruir tudo.

Simone Tebet (MDB-MS), ministra do Planejamento, é quem mais defende o “pragmatismo” do governo neste primeiro momento. Na avaliação dela, os brasileiros querem estabilidade e o atual mandato de Lula tem trabalhado para que o país alcance esse objetivo.

Marina Silva (Rede-SP), ministra do Meio Ambiente, seguiu a mesma linha de Tebet e pediu paciência ao presidente da República. Ela garantiu que sua pasta conseguirá apresentar modelos inovadores a partir do meio do ano que vem.

Fernando Haddad (PT-SP) argumentou que as inovações ficarão mais fáceis depois que o novo arcabouço fiscal for aprovado. Com as diretrizes econômicas bem definidas, o ministro da Fazenda tem convicção que os seus colegas saberão encontrar projetos diferenciados que possam ser usados por Lula.


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