No domingo (16), a coluna Painel, da Folha de S.Paulo, informou que o ex-presidente Jair Bolsonaro demonstrou o interesse de concorrer ao cargo de senador em 2026. Porém, a primeira opção do capitão da reserva é tentar voltar para a cadeira da Presidência e ter uma forte bancada no Congresso Nacional. Além disso, o PL é contra que o ex-mandatário dispute uma vaga no Senado .
Em conversas com aliados, Bolsonaro apresentou alguns planos para realizar de agora até 2026. O primeiro desafio é fazer com que seu partido deixe de ter cerca de 350 prefeituras e passe a comandar 1 mil cidades, além de contar com milhares de vereadores em todo país.
Entre essas prefeituras, o ex-presidente quer ter aliados comandando as capitais de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. Caso atinja esse objetivo ou alcance 80%, ele iniciará o processo de candidatura pra 2026.
Ele tentará não ficar inelegível. A partir daí, avaliará se a melhor opção é disputar novamente à Presidência ou concorrer ao cargo de senador para fechar seu ciclo político. A tentativa de uma vaga ao Senado só ocorrerá se ele perceber que tem chance de perder novamente na corrida presidencial.
Mato Grosso, Rondônia, Distrito Federal e Mato Grosso do Sul - estado em que o ex-presidente mais simpatiza - são os locais que Bolsonaro cogita concorrer ao Senado. No Rio de Janeiro, ele quer a reeleição de Flávio Bolsonaro - caso o senador não consiga ser eleito prefeito da capital fluminense - e em São Paulo o desejo é que a vaga fique com Eduardo Bolsonaro. Já Michelle, a ex-primeira-dama, não entrará em nenhuma disputa se depender do marido.
PL é contra Bolsonaro no Senado
Caciques do Partido Liberal são contra a ida de Bolsonaro para o Senado. Valdemar Costa Neto já avisou para aliados que, se o ex-presidente não estiver inelegível, concorrerá apenas à Presidência. Na avaliação dele, o capitão da reserva não pode se limitar a um estado, porque é a maior força da direita no país.
Lideranças do PL ainda destacam que Bolsonaro nunca demonstrou antes qualquer interesse em concorrer a senador, sempre se colocando à disposição para ser a principal oposição a Lula (PT).
Valdemar e seus aliados acreditam que o capitão da reserva apenas falou sobre o assunto como uma forma de “se proteger”. No entanto, na hora H, caso não esteja inelegível, não pensará duas vezes em estar na briga pela cadeira de presidente.
A coluna também conversou com integrantes da ala mais radical do bolsonarismo e escutou que "não existe a menor possibilidade" do Bolsonaro "concorrer a senador" e que ele "vencerá a eleição para presidente" em 2026.
Porém, é quase que unanime por parte do grupo do ex-presidente que dificilmente ele conseguirá escapar da condenação do TSE.
Porém, a promessa é que todos briguem para que uma possível condenação seja anulada, fortalecendo-o politicamente. "Ele vai querer trilhar o mesmo caminho do Lula e tentar fortalecer seu nome após uma condenação", revela uma pessoa próxima ao capitão da reserva.
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