André do Prado (PL) tem defendido o protocolo de CPIs por papel, o que pode prejudicar requerimentos da oposição
Assembleia SP - 15.03.2023
André do Prado (PL) tem defendido o protocolo de CPIs por papel, o que pode prejudicar requerimentos da oposição

Considerada uma das principais CPIs para a oposição na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Tiroteio de Paraisópolis pode ficar de fora dessa legislatura, apurou a coluna com parlamentares. A Mesa Diretora da Casa, liderada por André do Prado (PL), prepara uma manobra para segurar as propostas.

Liderada pelo deputado Reis (PT), a comissão quer investigar o tiroteio durante um evento político de Tarcísio de Freitas (Republicanos), ainda na campanha eleitoral das Eleições de 2022. Na época, um homem morreu na troca de tiros com a Polícia Militar.

O petista já conseguiu as 32 assinaturas necessárias para protocolar a CPI, mas Parlamentares ouvidos pela reportagem apontaram que André do Prado quer retomar o requerimento em papel para a instalação de Comissões Parlamentares de Inquérito. Atualmente, os documentos são enviados digitalmente.

Após a repercussão, base governista e oposição passaram a se movimentar para fazer fila na sala de comissão na Alesp para protocolar as comissões. Com isso, assessores vão precisar dormir no chão até sexta-feira (24), quando deputados poderão protocolar comissões.

Ou seja, se os cinco da base governista forem os primeiros a protocolar as CPIs, essas serão as escolhidas para serem instaladas. Com isso, a oposição ficará de fora da liderança de comissões parlamentares de inquérito.

Dois deputados que conversaram com a coluna disseram que a manobra pegou os parlamentares de surpresa. Eles acusaram André do Prado de tentar segurar qualquer comissão contra o governador Tarcísio de Freitas e acusaram o presidente da Alesp de descumprir as promessas de que vai ouvir a oposição.

Nos bastidores, há uma negociação para que a oposição fique com duas CPIs, liberando três investigações para a base governista. Se confirmado, a base contrária ao Palácio dos Bandeirantes poderá indicar quatro comissões para o biênio 2023/2024.

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