O presidente da República Luiz Inácio Lula
da Silva ( PT
) determinou que os deputados e senadores do Partido dos Trabalhadores não apresentem nenhuma proposta sobre pauta de costumes. A ordem é que a bancada petista articule no Congresso
a aprovação de projetos tratados como fundamentais para a Economia, Saúde, Educação e Meio Ambiente.
Lula soube dos seus principais articuladores que a base governista, atualmente, não tem certeza de possuir maioria simples. O governo tem trabalhado ainda para garantir 257 deputados. Para aprovar PEC, o trabalho interno seria muito mais intenso do que em gestões anteriores.
O que o atual governante tem escutado é que há muitos parlamentares se colocando como independente. E o entendimento é que esses congressistas demonstram maior apoio ao governo na área econômica. Já na pautas de costumes, a rejeição é imediata e a tendência que nada prospere neste início de governo.
Lula ordenou que o PT não coloque nenhuma pauta controvérsia para ser discutida no Congresso. Líderes do PSB também determinou que a sigla se afaste de assuntos polêmicos. A maior preocupação é com o PSOL, que já avisou que terá atuação independente na Câmara.
Porém, petistas já avisaram aos psolistas que não entrarão na guerrilha em temas espinhosos, como aborto e a inclusão de casamento de pessoas do mesmo sexo na Constituição. “O Brasil quer tirar pessoas da miséria, oferecer educação de qualidade e saúde para todos. Infelizmente, não há tempo por enquanto para tratar de outros assuntos”, falou um interlocutor de Lula.
Lula e o Congresso Nacional
No fim do ano passado, o PT tinha certeza que teria número suficiente para aprovar PEC. No entanto, com o passar do tempo, a legenda percebeu que não possui tanto congressista como imaginava que teria. A maior frustração, até o momento, é com o União Brasil.
Luciano Bivar, muito próximo do novo governo, ainda não garantiu um número alto de parlamentares na base governista.
Lula e seus aliados agora passaram a mirar em deputados e senadores do PL, PP e Republicanos. A ideia é atraí-los para a situação.
As articulações devem seguir intensas até o final do primeiro semestre.
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