O presidente Lula, entre os líderes da Câmara, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pachedo
ablo Valadares/Câmara dos Deputados - 01.01.23
O presidente Lula, entre os líderes da Câmara, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pachedo

O deputado federal Arthur Lira (PP-AL) e o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidentes da Câmara e do Senado , respectivamente, fizeram a primeira cobrança ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Os parlamentares relataram o descontentamento do mercado sobre as primeiras medidas adotadas pelo novo governo e pediram que o novo chefe do Executivo federal desse uma sinalização ao grupo.

Desde segunda-feira (2), o Ibovespa opera em queda e o dólar disparou, aproximando-se dos R$ 5,50.  A fúria do mercado se dá porque Lula decidiu retirar a Petrobras das empresas listadas para serem privatizadas, além de manter a desoneração dos combustíveis.

Empresários ficaram incomodados com os discursos do petista. Na avaliação do grupo, o presidente segue falando para os seus eleitores e não dando nenhuma sinalização pró-mercado. O clima de pessimismo só não é maior, porque os posicionamentos do ministro da Fazenda Fernando Haddad (PT) têm agradado.

Só que os executivos temem que o ex-prefeito de São Paulo não consiga colocar em prática os seus planos. Inicialmente, Haddad não queria manter a desoneração dos combustíveis, pois seu objetivo era encontrar uma alternativa. Só que prevaleceu o interesse político do governo.

Diante desse cenário, empresários procuraram auxiliares de Lira e Pacheco para externar vários descontentamentos. A solicitação é que o Congresso coloque freios no governo federal e faça com que Lula apresente como terá responsabilidade fiscal, enquanto cumpre as promessas de campanha.

Rodrigo Pacheco e Arthur Lira mandam recado

Os presidentes do Congresso Nacional receberam as informações sobre o mercado e procuraram aliados de Lula para explicar o descontentamento da ala empresarial. O pedido feito por Lira e Pacheco é que o chefe do Executivo federal faça um discurso mais voltado para a área econômica.

A ideia do senador e do deputado federal é que os ânimos acalmem e a queda na bolsa de valores pare o mais breve possível. A maior preocupação é com a alta do dólar. Se o clima continuar pesado, há enorme temor que a inflação exploda logo no primeiro trimestre do novo governo.

Auxiliares prometeram passar a mensagem a Lula. A tendência é que o presidente faça um pronunciamento aos empresários, mas o diálogo entre o mercado e o governo petista ficará sob responsabilidade de Geraldo Alckmin (PSB-SP), Simone Tebet (MDB-MS) e Haddad.

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