O ministro-chefe de Governo, Célio Faria Júnior, nega ter capitaneado junto a Jair Bolsonaro (PL) o desastroso encontro com embaixadores, na segunda-feira (18). O evento gerou péssima repercussão internacional — e mesmo entre apoiadores do presidente, a atitude foi vista como um erro, dando azo ao nada elogioso apelido de "aloprados do Planalto" àqueles que defenderam sua realização.
Na mira dos críticos estavam o ministro do GSI, general Augusto Heleno; o assessor especial para Assuntos Internacionais da presidência, Filipe G. Martins; e o sucessor de Flávia Arruda na pasta de Governo — que, em nota enviada à coluna, afirma ter sido citado indevidamente como um dos autores do planejamento.
"Em nenhum momento o ministro Célio Faria participou de qualquer reunião sobre o assunto apresentado. Esteve no evento, a convite, assim como todos os ministros que trabalham no Palácio do Planalto", diz a assessoria.
A cobertura internacional da reunião no Palácio da Alvorada ressaltou que os questionamentos à segurança do aparato eleitoral brasileiro já haviam sido desmentidos em diferentes ocasiões. O serviço de notícias Bloomberg, com foco em economia, classificou o teor da apresentação como "velhas e refutadas teorias da conspiração". Entidades jurídicas, como a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), a OAB e a Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) repudiaram as falas do presidente. Integrantes do Ministério Público, da magistratura e da Polícia Federal, além de profissionais da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) também se manifestaram em defesa das urnas eletrônicas.
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