
A transformação causada pela inteligência artificial (IA) deixou de ser tendência e se tornou estrutura de mercado. É isso que mostra o estudo inédito “O Futuro da Busca: como a IA Generativa está redefinindo o caminho até o consumidor”, realizado pela Cadastra, empresa global que resolve desafios de crescimento , em parceria com a Similarweb, plataforma global de inteligência competitiva digital, que analisa o uso de IA generativa no Brasil, entre janeiro de 2023 e agosto de 2025, e revela um ponto de inflexão no consumo digital.
A pesquisa aponta que plataformas de IA já funcionam como novos motores de descoberta de produtos. O ChatGPT, que domina 99% do mercado brasileiro, registrou 310 milhões de acessos apenas em agosto e encaminhou mais de 6,1 milhões de visitas para os maiores e-commerces do país no período analisado. O número coloca o Brasil como o terceiro maior mercado global para ferramentas de IA, atrás apenas de EUA e Índia.
Mas o impacto vai além do volume: a IA tem mudado a lógica da busca. Surge o GEO (Generative Engine Optimization), um modelo que desloca parte da disputa por atenção do Google para os LLMs. Em vez de apenas ranquear bem, marcas passam a competir para ser citadas como fonte pelas inteligências artificiais e isso altera toda a estratégia de conteúdo das empresas.
Segundo Adilson Batista, CIO da Cadastra, esse é um momento de ruptura: “a IA transforma jornadas de navegação em sistemas adaptativos, capazes de decidir, aprender e criar conteúdo em tempo real”, afirma.
O comportamento do consumidor confirma essa revolução. As perguntas feitas em IA são cinco vezes mais longas que nos buscadores tradicionais e as sessões ultrapassam sete minutos de duração. Nos EUA, 41% dos consumidores já preferem buscas generativas para compra online. Esta tendência começa a se repetir no Brasil, impulsionada por recursos como o Instant Checkout, que permite concluir a compra dentro do próprio ChatGPT.
Com isso, o marketing digital vive uma troca de métricas: o CTR perde relevância, e entram em cena indicadores como taxa de referência (referrals) e densidade de menções, que medem o quanto uma marca é lembrada pela IA.
Tiago Dada, SEO e CRO Manager da Cadastra, revela que: “aumentar conversão com IA é essencial para transformar atenção em receita”.
Setores como beleza, moda, farma e viagens já sentem o impacto, especialmente entre consumidores de 18 a 34 anos, que compõem a maior parte do público das plataformas. O estudo sugere que marcas adotem um supply chain de conteúdo, com produção contínua e integrada, como peça central da estratégia em tempos de GEO.
No fim, a pesquisa mostra que a disputa pela atenção digital está mudando de endereço: o consumidor não está mais apenas digitando, mas sim em conversar. E, nessa conversa, a IA é quem dita o caminho até a compra.
