É de conhecimento corrente, no meio jurídico e fora dele, que o ministro Gilmar Mendes é um dos sócios do IDP - Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa. Apesar de a LOMAN - Lei Orgânica da Magistratura vedar aos magistrados a prática de qualquer "ato de comércio", isso parece não afetar a atividade do ministro Gilmar que, inclusive, anualmente realiza um evento acadêmico de sua empresa em Portugal , em que inclusive outros ministros do STF comparecem.
Junto com esses magistrados, se acresce a presença de empresários e advogados, muitos com interesses de seus clientes sob os cuidados de nossa Suprema Corte
. A situação é tão, digamos, escancarada, que o evento foi apelidado de " Gilmarpallooza
", em alusão ao conhecido festival musical.
E aqui é bem o caso de se lembrar da velha indagação: quem vigia o vigilante? O STF, a última e por vezes única instância judicial, está com vários de seus membros envolvidos numa atividade que gera, no mínimo, muita estranheza. Contudo, não parece haver a quem recorrer para tratar dessa questão, menos ainda em âmbito judicial. Ó tempora, ó mores! (Que tempos, que costumes!)