Nos últimos anos, as publicações têm dado espaço para a mulher negra mostrando que a beleza vai além do padrão eurocêntrico da mulher branca estabelecido como ideal. As lindas atrizes Erika Januza, Sheron Menezzes e Juliana Alves, a cantora Karol Conka e a apresentadora mais influente do mundo Oprah Winfrey são estrelas da capa. Não é como se o problema de diversidade no entretenimento e na indústria da moda fosse resolvido com as capas das revistas, mas é ótimo ver a beleza negra sendo reconhecida e valorizada na grande mídia.
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Em geral, as revistas apostam em celebridades para estamparem as capas por serem pessoas com quem o público tem uma identificação maior. A atriz Erika Januza (que já foi capa da VIP) estrela a capa da Boa Forma, Sheron Menezzes entra em cena como estrela da capa da Women’s Health, Karol Conka, a rapper curitibana é a estrela da Glamour, a atriz Juliana Alves (uma das poucas negras a brilhar na capa da Playboy) é capa da Cosmolotitan e a poderosa apresentadora Oprah Winfrey estampa a capa da revista Claudia.
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É fato que ainda temos um longo caminho pela frente... Para se ter uma ideia, em quase 43 anos (497 capas) a Playboy brasileira apresentou menos de quinze mulheres negras. A saudosa modelo americana Darine Stern foi a primeira capa da revista em janeiro de 1979. Já a Capricho, conhecida como a “Bíblia das Adolescentes”, por sua vez, trouxe a atriz Tais Araújo na capa em 1995. A Vogue, título respeitado quando o assunto é moda e beleza, estampou a primeira modelo negra na capa somente em 2011.
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Erika Januza, Sheron Menezzes, Karol Conka, Juliana Alves e Oprah Winfrey mostram que estamos tendo mais representatividade e aos poucos essa consciência precisa ser introduzida na sociedade brasileira, afinal, somos mais que a metade da população – mas infelizmente, ainda assim muitas vezes somos ignorados. Seja na capa ou internamente, precisamos de mais visibilidade a partir de uma representação baseada em valores considerados positivos como o das estrelas citadas nessa matéria.
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Precisamos de mais espaço na mídia, em revistas com matérias que ditem tendências, tragam valorização e discussão sobre a participação do negro na sociedade, permitam um novo ponto de vista sobre assuntos como preconceito, estilo de vida, moda, beleza e cultura... Mostrando a beleza e o poder da mulher negra, estimulando a autoestima, o empoderamento, o talento e a coragem das mulheres da nossa raça.