
Uma nova espécie de dinossauro, do tamanho de um cachorro, que outrora se esgueirava entre os pés dos gigantes pré-históricos, foi descoberta após ter sido classificada erroneamente. As informações são do Independent .
Batizado de Enigmacursor, que significa “corredor misterioso”, o animal teria vivido há cerca de 150 milhões de anos.
Com 64 cm de altura e 1,80 m de comprimento, o dinossauro tinha o porte de um labrador, mas com pés maiores e uma cauda que provavelmente ultrapassava o comprimento do resto do corpo. Suas pernas longas teriam permitido que esse pequeno herbívoro escapasse rapidamente de predadores enquanto percorria a rede de rios e planícies alagadas que cobriam grande parte do oeste dos Estados Unidos, onde foi encontrado.
É provável que o Enigmacursor tenha convivido com os gigantes da era dos dinossauros, como o diplodoco e o carnívoro Ceratosaurus.
Nesta quinta-feira (26), ele se tornará o primeiro novo dinossauro a entrar em exibição no Museu de História Natural, sendo posicionado na sacada do Earth Hall.

Os fósseis foram encontrados entre 2021 e 2022 em uma propriedade privada e colocados à venda por um comerciante de fósseis. Inicialmente, acreditava-se que pertenciam a um exemplar do Nanosaurus, uma espécie pouco conhecida nomeada pela primeira vez na década de 1870.
Depois que o Museu de História Natural adquiriu os ossos, paleontólogos perceberam que boa parte do que se sabia sobre o Nanosaurus vinha de impressões fósseis de ossos em areia endurecida.
Mas essa nova descoberta incluía um esqueleto quase completo. Os especialistas acreditam até ter conseguido estimar a idade do dinossauro com base na ausência de fusão nos arcos neurais da espinha dorsal, o que sugere que se tratava de um “adolescente” que morreu antes de atingir a maturidade.
Os cientistas afirmam que a descoberta abre caminho para que centenas de ossos anteriormente identificados como Nanosaurus possam agora ser corretamente classificados.
A professora Susannah Maidment, uma das principais pesquisadoras do Enigmacursor, disse esperar que a novidade incentive a identificação de muitos outros dinossauros menores, frequentemente negligenciados.
“Apesar de a Formação Morrison ser conhecida há muito tempo, a maior parte da atenção se volta aos maiores e mais impressionantes dinossauros”, afirmou. “Os menores costumam ser ignorados, o que significa que muitos ainda estão enterrados.”
“O Enigmacursor mostra que ainda há muito a ser descoberto, mesmo em regiões já bem estudadas, e destaca a importância de não aceitar antigas suposições sobre os dinossauros como verdades absolutas.”