A cápsula liberada pela sonda Osiris-Rex, da Nasa, chegou à Terra neste domingo (24), com uma valiosa amostra de 250 gramas retirada do solo do asteroide Bennu, que pode servir como uma cápsula do tempo para entender a formação do Sistema Solar e como nosso planeta se tornou habitável.
Essa é, de longe, a maior amostra capturada pela humanidade em um asteroide no espaço e transportada para a Terra. A missão havia sido lançada em setembro de 2016, e o material foi coletado em 2020.
A cápsula aterrissou no deserto de Utah, em uma base do Departamento de Defesa dos Estados Unidos.
Cientistas acreditam que o asteroide Bennu seja remanescente do processo de formação do Sistema Solar e que ele contêm compostos orgânicos que, na Terra, deram origem à vida como a conhecemos.
Após cumprir a missão, a Osiris-Rex partiu para uma nova viagem, desta vez em direção ao asteroide Apophis, sendo rebatizada como Osiris-Apex. Ela deve chegar ao corpo celeste apenas em 2029.
O sensor de atitude estelar (equipamento essencial para orientar o veículo) utilizado na sonda espacial foi desenvolvido pela empresa italiana Leonardo, bem como o sensor de infravermelho usado para analisar os minerais presentes no Bennu.
A Nasa deve anunciar os primeiros resultados dos estudos da amostra coletada no asteroide em uma coletiva de imprensa em 11 de outubro.