Marina Silva e a vice-presidente da Colômbia, Francia Márquez, na COP27
Reprodução: Twitter / @MarinaSilva
Marina Silva e a vice-presidente da Colômbia, Francia Márquez, na COP27

A deputada estadual Marina Silva  (Rede-SP) declarou durante a COP27 , no Egito, que "o Brasil está de volta ao protagonismo no multilateralismo ambiental climático ". Para ela, é isso que está por trás da aguardada participação do presidente eleito Lula (PT) na conferência do clima da ONU (Organização das Nações Unidas). Ele chega ao país semana que vem.

Marina afirmou que o Brasil comparecerá à COP deste ano com o compromisso da campanha de Lula. O presidente eleito prometeu tolerância zero com o desmatamento ilegal e criminoso e um alto compromisso com o enfrentamwento da mudança climática.

"A postura do Brasil, pelo discurso do presidente, é a de que vamos ajudar a fazer história e não mais a velha chantagem de que só vamos fazer alguma coisa para proteger as florestas e os indígenas se nos pagarem. O Brasil quer cooperação, quer apoiar e ser apoiado. Mas isso não é uma condição para fazermos o dever de casa na proteção das florestas", disse.

A deputada acredita que a situação ambiental do país é hoje "muito mais grave", pois houve o desmonte das políticas, estruturas e orçamentos que foram a base do combate ao desmatamento. Ela ressaltou ainda que, nos últimos anos, "setores criminosos" foram empoderados no discurso e na sinalização de mudança da lei para favorecê-los. Pelo lado positivo, em 2003, quando Lula assumiu o país pela primeira vez, todas as políticas foram criadas do zero. 

Marina afirmou ainda que a proteção dos povos originários e a segurança alimentar, ambas atreladas à questão ambiental, também serão prioridades no governo Lula. O país vê o enfrentamento da mudança climática como uma forma de contribuir com a segurança alimentar, porque a temperatura da terra leva à perda de territórios produtores de alimentos.

"É só ver o que já está acontecendo na África subsaariana e em outras regiões do mundo, inclusive no próprio Brasil. Já temos um encurtamento do período chuvoso. Enfrentar o problema da mudança climática é ajudar na segurança alimentar do planeta e, particularmente, na nossa", disse.

Em seu primeiro dia na COP27, Marina Silva teve uma agenda intensa. Ela se encontrou com John Kerry, o enviado especial do clima da Casa Branca, Francia Márquez, vice-presidente da Colômbia e uma equipe do Banco Mundial tendo à frente Carlos Felipe Jaramillo, vice presidente para a América Latina e Caribe.

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