Uma missão da Nasa, chamada OSIRIS-REx, está prestes a atingir seu objetivo. Até 2023, um pedaço de 60 gramas de um asteroide deve ser trazido para a Terra pela nave espacial que realiza, há dois anos, uma viagem pelo sistema solar.  Bennu, uma pequena rocha escura a 120 milhões de quilômetros do nosso planeta, é o alvo da espaçonave.

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A nave se aproximou do asteroide  nesta segunda-feira (3), podendo chegar a 13 quilômetros de distância da rocha. A expectativa dos cientistas que acompanham a missão, situados em Lockheed Martin Space, no Colorado, é de que seja possível que a espaçonave chegue a apenas quatro quilômetros de proximidade e realize uma análise sobre Bennu.

A operação começará com voo sobre o pólo norte, o equador e o pólo sul do asteroide, de onde serão enviadas imagens à Terra. Logo após, será feita uma busca por locais seguros e que sejam de interesse da Nasa  para que sejam capturados fragmentos e sujeiras na superfície do Bennu. Mas a ação não termina por aí. A ideia é de que, em 2019, a nave possa chegar mais perto ainda do asteroide e realizar um mapeamento da sua superfície.

As primeiras imagens da rocha foram feitas a menos de 137 quilômetros, o que apresentou aos cientistas as primeiras características do Bennu, que tem solo irregular e rochoso. “Finalmente, consegui ver imagens próximas, em vez de fazer suposições. É definitivamente emocionante”, declarou Sandy Freund, gerente da área de suporte da missão.

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Para o sucesso da operação, a espaçonave OSIRIS-REx conta com diversas câmeras, um altímetro a laser para mapear a topografia, espectrômetros de luz visível e infravermelha a fim de mostrar detalhes em sua composição química e mineral, e um espectrômetro de raios X, com o objetivo de conhecer os elementos que compõem a rocha.

No entanto, alguns fatores diicultam o pouso no asteroide , já que ele mede menos de 500 metros de diâmetro e tem uma gravidade 100 mil vezes menor que a da Terra. Por isso, o OSIRIS-REx possui um braço articulado e uma cabeça semelhante ao filtro de ar de um carro, que podem ajudar a superar as limitações impostas pela rocha.

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Segundo o Los Angeles Times , as amostras recolhidas pela nave auxiliarão em pesquisas que podem durar por diversas gerações, como no caso das rochas lunares trazidas pelas missões Apollo na década de 60 e que são estudadas até hoje.

Asteroides como o Bennu, ricos em carbono, podem ajudar os cientistas em pesquisas relacionadas às origens da vida na Terra, já que essas rochas podem conter compostos químicos que promoveram o início da existência no nosso planeta. Além disso, há a esperança de que sejam encontradas quantidades de água presas entre os minerais do asteroide, o que pode servir como uma estação de abastecimento de outras missões promovidas pela agência.

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“Inovações inéditas como esta servem como precursoras de futuras missões a pequenos corpos”, disse Freund em relação à missão no asteroide . “Ao provar essas tecnologias e técnicas, poderemos retornar a maior amostra do espaço em meio século e preparar o caminho para outras missões.”

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