Sol de veranico
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Sol de veranico

Enquanto um ciclone extratropical  deve provocar ventos fortes no Sul do país a partir desta terça-feira (19), outras regiões enfrentam um cenário oposto: um veranico — período de calor intenso e tempo seco em pleno inverno.

A previsão é de que essa nova onda de altas temperaturas se prolongue entre 20 e 25 de agosto, atingindo principalmente o Centro-Oeste e parte do Sudeste e Norte do país.

De acordo com o Climatempo, embora episódios de calor sejam comuns nessa época do ano em regiões como Mato Grosso, Goiás, Tocantins, Pará, Maranhão, Piauí e parte da Bahia, as temperaturas previstas desta vez chamam atenção. 

Os termômetros podem alcançar marcas entre 38°C e 40°C, bem acima da média histórica para o mês. Em Cuiabá, por exemplo, a média máxima de agosto é de 34,7°C, mas há chance de superar os 39°C nos próximos dias. Goiânia, que costuma registrar máximas próximas de 32°C, também deve ultrapassar essa marca.

No interior de São Paulo e no norte do Paraná, as máximas podem variar entre 33°C e 35°C, enquanto o Rio de Janeiro deve ultrapassar os 30°C já na próxima semana. Mapas meteorológicos indicam algumas áreas que concentram maior risco de calor extremo, com até 5°C acima da média para o período. 


Já em outras regiões, incluindo o Triângulo Mineiro, Rondônia e partes de Minas Gerais, devem ficar entre 3°C e 5°C acima da climatologia do mês de agosto.

O contraste é ainda mais evidente quando comparado ao inverno de 2024, que teve predomínio de dias frios no Sul e Sudeste, além de friagens intensas registradas no Acre, em Rondônia e no sul do Amazonas. 

Desta vez, a presença de uma massa de ar seco e quente vinda do norte do país rompe o padrão de ventos frios que atuavam nas últimas semanas e reforça a elevação das temperaturas.

Além do calor, a estiagem prolongada preocupa. A ausência de chuvas combinada com o aumento das temperaturas intensifica a secura do ar, deixando a umidade relativa em níveis críticos , muitas vezes inferiores aos 30% — bem abaixo do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) que é de 60%.

Esse cenário favorece o surgimento de doenças respiratórias , aumenta o risco de incêndios e reforça a necessidade de cuidados extras com a hidratação.


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