A Polícia Civil de São Paulo prendeu, na manhã desta terça-feira (12), 17 pessoas de uma quadrilha especializada em roubos a condomínios de luxo.
Segundo as autoridades, o grupo tem ligação com a organização criminosa Primeiro Comando da Capital ( PCC ). Entre os presos, dois já eram considerados foragidos da Justiça.
A operação, que envolveu 308 policiais civis, foi deflagrada para cumprir 51 mandados de busca e apreensão e outros 17 de prisão na capital paulista e em Diadema, Cotia, Jundiaí, Guarulhos e Osasco, na região metropolitana de São Paulo.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo ( SSP/SP ) informou que a investigação começou depois de um roubo, em maio deste ano, a um condomínio de alto padrão na Santa Cecília, bairro na região central de São Paulo.
Um dia antes do crime, os membros da facção foram até o condomínio usando uniformes de uma empresa de telefonia e cortaram os cabos de acesso à internet, para que os sistemas de monitoramento parassem de funcionar.
No dia da invasão, a organização criminosa utilizou veículos com placas clonadas de carros dos moradores para conseguir entrar no prédio.
Segundo a polícia, os integrantes renderam as vítimas e roubaram dinheiro, joias, relógios e outros bens.
O delegado Ronald Quene, da 1ª Central Especializada de Repressão a Crimes e Ocorrências Diversas ( Cerco ), explicou que a operação teve como objetivo prender os criminosos e apreender objetos utilizados nas ações, como armas e documentos, além de identificar outros membros da organização criminosa.
“ A Polícia Civil reafirma seu compromisso com o combate à criminalidade organizada e à proteção da população, ressaltando que operações dessa magnitude são fruto de trabalho investigativo minucioso, cooperação entre unidades especializadas e uso de tecnologia de inteligência policial ”, disse Quene.
A ação foi batizada de Operação Shalom, palavra usada como saudação e despedida por judeus – que, segundo a polícia, eram os principais alvos da quadrilha.