A descida da maior carreta já transportada pela Via Dutra , que estava prevista para a madrugada de domingo para segunda-feira pela Serra das Araras, precisou ser adiada. O veículo de 135 metros de extensão, 59 eixos e 840 toneladas permanece estacionado no km 239, em Piraí (RJ).
De acordo com a concessionária RioSP, responsável pela duplicação da Serra, a operação foi suspensa por causa das condições climáticas e questões de segurança. Não há nova previsão para o deslocamento. Enquanto isso, o fluxo de veículos na pista de subida, sentido São Paulo, não sofre alterações.
Segundo o meteorologista Guilherme Borges, a segunda-feira deve seguir com nebulosidade e pancadas de chuva pela manhã em Piraí, com chance de melhora apenas à tarde.
A megaoperação, que chama atenção pela complexidade, envolve o transporte de um transformador de 511 toneladas, fabricado em Guarulhos (SP), com destino ao Porto de Itaguaí (RJ). O equipamento mede 24 metros de comprimento, 12 de altura e 9,5 de largura. Para movê-lo, é necessário um comboio formado por seis cavalos mecânicos, 44 módulos de eixos, 398 pneus e uma viga articulada. Dez motoristas, com autorização especial do DNIT, se revezam na condução.
Esse é apenas o primeiro de 14 transformadores que deverão cruzar a serra em comboios separados. A expectativa é que cada trajeto dure cerca de 25 dias, dependendo das condições climáticas e de fatores externos como feriados e limpeza da pista.
Segundo a empresa IRGA, responsável pelo transporte, o maior dificultador para o deslocamento da carreta seria o desenho da serra santista e suas pontes. A Via Dutra, portanto, naquele momento, se fez uma opção mais vivável para servir de ligação entre os centros comerciais do país.
A expectativa é que até o final de setembro a primeira carga chegue ao Porto de Itaguaí, para depois aguardar por mais dois transformadores e seguir viagem até a Arábia Saudita.