O cabo da Polícia Militar Bruno de Paula Costa, 38 anos, morto na última quinta-feira (21), durante a operação no Complexo do Alemão , foi atingido por três tiros nas costas, segundo o laudo do Instituto Médico Legal (IML). O exame também identificou ferimentos no pescoço e tórax, com hemorragia.
O agente estava em serviço quando a base da UPP de Nova Brasília sofreu um ataque de criminosos em retaliação à operação na comunidade. Ele chegou a ser socorrido e levado ao Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, mas não resistiu aos ferimentos.
De acordo com o laudo, o primeiro tiro entrou na região escapular esquerda do PM, saindo pelo pescoço e fraturando a mandíbula. O segundo foi na região escapular direita e o terceiro na região lombar direita. Os projéteis destes dois disparos não saíram do corpo. O documento foi obtido pelo "G1".
“Dois outros orifícios de entrada de projétil de arma de fogo, de alta energia cinética: região escapular direita, fratura da escápula, sem orifício de saída; região lombar medial direita, transição para dorsal, sem orifício de saída”, diz o laudo.
A morte do PM está sendo investigada pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC). Outras 17 mortes foram registradas na especializada e também são investigadas, sendo 15 suspeitos e duas inocentes, em dois dias de confronto.
O Portal dos Procurados divulgou um cartaz na última quinta-feira (21) pedindo informações que ajudem a identificar as pessoas que atiraram no policial.
Bruno estava na corporação desde 2014. Ele deixa mulher e dois filhos autistas. Ele foi enterrado neste sábado (23), no cemitério Jardim da Saúde, em Sulacap, na Zona Oeste.