
A Polícia Federal deflagrou, neste domingo (23), a Operação Profeta, com o cumprimento de mandado de busca e apreensão no Ceará, expedido pela Justiça Federal, para apurar possível prática do crime de fraude no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2025.
A investigação começou após o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), vinculado ao Ministério da Educação, detectar a publicação de vídeo em rede social contendo questões similares àquelas aplicadas na prova oficial, antes da realização do segundo dia do exame, no último domingo (16).
Na semana passada, cerca de 3,36 milhões de participantes do Enem resolveram 90 questões de múltipla escolha.
Foram 45 questões de ciências da natureza e suas tecnologias (Biologia, Química e Física) e outros 45 de Matemática e suas tecnologias.
A suspeita de vazamento dos conteúdos similares aos que caíram no exame resultou na anulação de três questões do exame, na terça-feira (18) pelo Inep, por precaução.
O Inep também antecipou, em um dia, para a quarta-feira (19), a divulgação do gabarito oficial do último dia de provas do Enem.
Na sexta-feira (21), o ministro da Educação, Camilo Santana, fez uma publicação em sua conta em uma rede social afirmando que, apesar da polêmica, a prova seria mantida.
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De acordo com comunicado divulgado pela PF sobre a Operação Profeto deste domingo, o objetivo é esclarecer os fatos, apurar possíveis ilícitos, identificar os responsáveis pela obtenção dos dados e divulgação indevida, bem como possíveis conexões com outros delitos.
"A Polícia Federal reafirma seu compromisso com a integridade dos concursos públicos e com o combate a fraudes que comprometam a confiança da sociedade nos processos seletivos nacionais", destaca, em nota.