Concurso Nacional Unificado 2025
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Concurso Nacional Unificado 2025

A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos ( MGI), Esther Dweck, apresenta na noite deste domingo (5) um balanço do primeiro dia de provas da segunda edição do Concurso Público Nacional Unificado ( CNU).

A coletiva acontece no auditório da Escola Nacional de Administração Pública ( Enap), em Brasília. E é transmitida ao vivo pelo canal oficial do MGI no YouTube.

A transmissão da coletiva que estava prevista para iniciar às 19h30, teve um pequeno atraso e começou às 19h53.

O encontro também reune a presidenta da Enap, Betânia Lemos, o diretor de Operações da Polícia Rodoviária Federal, Marcos Vinicius Silva, o diretor de Logística do CNU, Alexandre Retamal, o diretor de Operações Integradas e Inteligência e secretário nacional substituto de Segurança Pública, Rodinei da Silva e o diretor adjunto da FGV Conhecimento, Carlos Augusto Costa.

Em sua fala inicial, a ministra destacou a relevância da data deste domingo, 5 de outubro, que marca os 37 anos da promulgação da Constituição Brasileira — a “Constituição Cidadã” .

A ministra lembra que foi ela que consagrou a obrigatoriedade do concurso público como forma de ingresso na administração federal, fortalecendo a democracia e a estabilidade do serviço público.

Esther Dweck ressaltou ainda que o artigo 3º da Carta Magna estabelece como fundamentos da República a construção de uma sociedade livre, justa e solidária, a erradicação da pobreza, a redução das desigualdades e a promoção do bem de todos, sem preconceitos.


Esses princípios, segundo ela, estão em plena sintonia com as políticas públicas do governo do presidente Lula, que atua para fortalecer tais diretrizes na sociedade brasileira.

Com isso ela afirmou que o exame foi realizado de forma tranquila e quase não houve intercorrencias durante a segunda edição do concurso, e que esse resultado é fruto de um trabalho conjunto entre os orgãos públicos, com a participação dos governos estaduais e também da banca de concurso, a FGV.

E citou:  "No primeiro CPNU, a abstenção foi de 54%, ou seja, 46% das pessoas que se inscreveram efetivamente fizeram a prova. Um percentual que é normal para concursos públicos, diante das mudanças que ocorrem para a pessoa se inscrever e, de fato, realizar a prova. Mas nesse CPNU 2, a abstenção foi de 42,8%, o que significa que quase 60% das pessoas inscritas efetivamente fizeram a prova. O que mostra que é um aumento muito grande em relação ao ano passado, como a gente já imaginava".

Perfil dos inscritos nesta edição

A ministra também destacou o perfil dos inscritos desta segunda edição. Segundo ela, na primeira edição do CNU, 20,5% dos candidatos concorreram às vagas reservadas por cotas.

Já nesta edição, o número subiu para 33%, incluindo pessoas negras, indígenas, com deficiência e quilombolas, o que, segundo a ministra, demonstra uma maior confiança na possibilidade de ingresso no serviço público federal.

Ela acrescentou ainda que, enquanto 57% dos inscritos na primeira edição eram mulheres, nesta edição o percentual aumentou para 60%. 

"A gente fez a prova pensando na diversidade regional brasileira e tivemos pessoas inscritas de quase 5 mil municípios brasileiros. Quase então, chegando a totalidade dos nossos municípios".

A ministra ainda ressaltou que o número expressivo de inscritos reflete a confiança da população no concurso, confiança essa que se materializa com aproximadamente 80% dos aprovados na primeira edição do CNU já terem sido nomeados ou empossados — demonstrando assim a completude e efetividade do processo seletivo desde a seleção até a posse.

"Na primeira edição 1/3 das pessoas aprovadas foram pessoas negras, indgenas e pessoas com deficiência. E lembrando que nessa edição temos somente de vagas reservadas 35%, ou seja, a tendência é que o número seja ainda maior, de pessoas aprovadas" , afirma a Esther Dweck.

Logística e segurança

Em relação à logística e segurança, a ministra destacou que toda a experiência prévia acumulada pelo governo foi fundamental para estruturar de forma efetiva a operação do concurso.

Ela ressaltou que o modelo da edição anterior serviu como base para aprimorar e fortalecer as medidas implementadas nesta nova fase, garantindo um processo seguro e organizado em todo o território nacional.

"Todas as forças seguranças que atuaram na primeira edição, atuaram nessa (edição atual). Mas a diferença que a gente fez essa operação integrada e a Senasp por meio da diretoria do diretor Rodinei, que teve um papel fundamental" , declarou a ministra.

A ministra ainda declarou que o Centro Integrado de Comando e Controle Nacional reuniu pessoas dos 26 estados e o Distrito Federal, para a realização da operação integrada.

Após agradecer aos diversos órgãos que atuaram em conjunto na organização do concurso, a ministra Esther Dweck concedeu a palavra ao secretário nacional substituto de Segurança Pública, Rodinei da Silva.

Rodinei fez um apanhado geral e reforçou que o trabalho realizado foi minuncioso.

"Nós pudemos passar pelo trabalho de interlocução, em planejamento e análise e gestão de risco de um evento de uma operação altamente complexa, que não pode ter erro. Naturalmente esse trabalho, essa logística foi muito complexa e teve o apoio de todas e todos os órgãos que estão aqui presentes e o monitoramento que foi feito junto ao Centro Integrado de Comando Controle Nacional em uma nova política de cooperação de interlocução de colaboração com os estados dentro do conceito que a gente chama de Sistema Integrado de Comando, Controle e Coordenação e Comunicação Nacional, que é o SIC 4, que é uma proposta de trabalho de integração de todas as forças de segurança e por fim o trabalho está sendo realizado desde o final do evento que é a logística reversa que é a devolução das provas para fins de correção".

Perguntas dos jornalistas presentes na coletiva

Quando questionada sobre a divulgação dos gabaritos e dos cadernos das provas aplicadas neste domingo (5), a ministra Esther Dweck informou que os candidatos poderão consultar a identificação dos cadernos de questões utilizados por cada um a partir de amanhã.

Ela também afirmou que a informação estará presente no portal do canditato, onde aparecerá indicando qual o caderno de prova o canditado recebeu. E que existe mais de um gabarito para referência das correções.

Perguntada sobre as medidas de segurança relacionada a prova e também sobre possíveis novas edições do Concurso Nacional Unificado.

A ministra afirmou: "Sobre a operação, acho que a gente costuma dizer que foi fruto de todas as ações de segurança que a gente fez no  primeiro CPNU que permitiu que a gente compartilhasse informações com a Polícia Federal, e que permitiu que a gente pudesse de fato chegar nos casos que ocorreram. E esses casos foram muito pontuais e muito localizados, importante dizer isso. As pessoas envolvidas já foram afastadas. Houve mais buscas e apreensão na quinta-feira, que podem eventualmente levar mais gente, mas tudo indica que tudo é muito controlado e bem pontual".

A ministra destacou ainda que o grande diferencial desta edição, fundamental para reforçar a segurança do certame, foi a instalação de detectores de metal de ponta em todas as portas dos locais de prova, em todas as cidades, além do apoio operacional integrado das forças de segurança em todo o país.

Questionada mais uma vez sobre a realização de futuras edições do CNU e uma possível renovação da parceria com a FGV, a ministra afirmou que a colaboração foi muito positiva, mas ressaltou que ainda não há definição sobre a realização de novas edições do Concurso Nacional Unificado, nem sobre quais instituições poderão atuar como parceiras em eventuais próximos certames.

Os jornalistas presentes também perguntaram se houve casos similares ao ocorrido em uma escola de Manaus (AM), onde a falta de energia afetou 436 candidatos. Os estudantes permaneceram nas salas aguardando o retorno da energia e receberam 1 hora 31 minutos de tempo adicional para compensar a interrupção. A ministra afirmou que este foi o único registro do tipo em todo o país.

A ministra também foi questionada sobre as alterações promovidas no edital no início da semana e sobre a avaliação geral do concurso. Em resposta, afirmou que o balanço do certame é muito positivo e explicou que a mudança no edital teve como objetivo assegurar que os candidatos cotistas também pudessem concorrer às vagas não reservadas em eventuais convocações extras, um aspecto que não estava suficientemente claro no edital.

Os jornalistas também indagaram sobre os índices regionais de abstenção, questionando se alguma localidade apresentou números maiores ou menores.

O diretor de Logística do CNU, Alexandre Retamal informou que o local de menor abstenção foi o Distrito Federal com 30,8% e a maior foi no estado do Amazonas com 51,2% que mesmo assim ainda é menor do que comparado ao ano passado. 

A ministra Esther informou que os dados detalhados ainda estão sendo consolidados, mas destacou que a taxa de comparecimento de 60%, somada ao número de visualizações dos cartões de confirmação, reflete um desempenho positivo do concurso, uma vez que supera a média de participação em processos seletivos similares.

Quando questionada se os locais de prova para a etapa discursiva seriam os mesmos da primeira fase, a ministra Esther Dweck afirmou que a manutenção dos locais dependerá do número de candidatos aprovados em cada município. Ela explicou: "Se tiver uma pessoa naquele cidade que passou para a prova. Terá prova naquela cidade. A menos que não tenha ninguem daquela cidade, mas se tiver uma pessoa vai ter a relização (da prova) naquela cidade".

Quanto aos casos de eliminação o diretor de Logística do CNU, Alexandre Retamal respondeu que houve casos muito pontuais e que sempre acontecem como alarmes de celular ou comportamentos inadequados. E que os dados ainda serão reportados pelos orgãos competentes.

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