O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa, na próxima quarta-feira (8), de cerimônias em memória dos ataques ocorridos às sedes dos três poderes em 8 de janeiro de 2023 . Estão incluídas a apresentação das obras de arte que haviam sido depredadas — agora restauradas —, e de encontro com autoridades no Palácio do Planalto , em Brasília ( DF ). Foram convidados os presidentes dos Poderes e governadores.
Depois, Lula vai participar de abraço simbólico na praça dos Três Poderes em ato convocado pela Frente Brasil Popular, de movimentos sociais.
Obras restauradas
De acordo com o Planalto, 21 peças foram restauradas por especialistas no Palácio da Alvorada. O relógio trazido ao Brasil por dom João 6º em 1808, que virou símbolo do ato antidemocrático, foi consertado na Suíça, sem custo para o Brasil. Além disso, haverá a apresentação da obra "As Mulatas", de Di Cavalcanti, durante as cerimônias.
Enquanto no ano passado a data foi marcada por uma cerimônia com autoridades no Congresso Nacional, neste ano a participação da esquerda será mais representativa. Os eventos do dia serão divididos em quatro momentos.
Cronograma
A primeira parte vai acontecer na Sala de Audiências, do Palácio do Planalto, às 9h30, com a reintegração de obras de arte (incluindo o relógio do século XVII e ânfora). Depois, no 3º andar do prédio, ocorrerá a apresentação da obra de Di Cavalcanti com a participação de alunos do Projeto de Educação Patrimonial.
Em terceiro momento, será a cerimônia com a presença de autoridades, no Salão Nobre do Palácio do Planalto.Só após esses eventos que Lula fará o abraço pela democracia, na Praça dos 3 Poderes, no qual irá descer a rampa do Planalto com as autoridades para se encontrar com o público.
A expectativa é reunir cerca de mil pessoas. Participam da organização partidos de esquerda (PT, PC do B e PV). A CUT (Central Única dos Trabalhadores), OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) também devem ser convidadas.
Autoridades ainda não confirmaram presença
No ano passado, parlamentares de direita pressionaram integrantes dos partidos de centro, inclusive o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), a não acompanhar o evento de um ano dos ataques. Lira, de fato, não foi. Neste ano ele ainda não está confirmado, assim como Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado.
O ato vai acontecer a menos de um mês das eleições para o comando do Congresso. Os prováveis sucessores de Lira e Pacheco, Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), respectivamente, também foram convidados, segundo relatos.