Neste mês de setembro, o Distrito Federal bateu recorde de queimadas: é a maior média de focos de calor já medida pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) desde o início do Programa Queimadas, em 1998. Além dos incêndios, a capital do país sofre com os 146 dias sem chuva, a maior seca desde 1963.
A principal causa da fumaça que cobre o DF é o incêndio no Parque Nacional de Brasília , que tem se espalhado desde domingo (15). Em apenas cinco horas, o nível de fumaça na região se quadruplicou.
Até a noite de segunda-feira (16), foram registrados 122 focos apenas em setembro, uma média de 7,6 ao dia. Até então, o mês de setembro de 2010 é o que detém o recorde de fogo no DF, com 204 casos, mas com uma média menor: 6,8 casos ao dia. Somente nos últimos três dias, o Distrito Federal registrou 35 focos de queimadas.
O Distrito Federal é a menor unidade da federação do país, com 5.760 km², um quarto do tamanho de Sergipe, o menor estado do país, que tem 21,9 mil km².
Incêndio em parque
A situação do fogo é preocupante não apenas pela quantidade de focos, mas pela extensão deles. Um dos principais incêndios está destruindo o Parque Nacional de Brasília.
O fogo começou por volta das 11h30 de domingo (15) e não há previsão de quando ele deve ser controlado. Na noite desta segunda-feira (16), são três focos ativos.
O fogo já atingiu ao menos três mil hectares da área de proteção ambiental, de acordo com o ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade). A Polícia Federal abriu inquérito e investiga o caso, e a principal hipótese é de um incêndio criminoso.
O incêndio já chega perto das casas situadas nas redondezas do Parque Nacional de Brasília e preocupa moradores.
Segundo o coordenador de Manejo Integrado do Fogo do ICMBio, João Morita, 93 combatentes estão atuando contra as chamas com a ajuda de um avião e um helicóptero. “[O fogo] ainda está na mesma região que ele atingiu ontem [domingo]. Ele não está controlado. A gente queria ter controlado ontem. Vamos trabalhar para controlar hoje. Se não controlar hoje, a gente vai trabalhar para controlar amanhã [terça-feira]”, afirmou à Agência Brasil na noite da segunda-feira (16).
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