A CNM ( Confederação Nacional dos Municípios ) estima que mais de 10 milhões de brasileiros foram diretamente afetados pelos incêndios florestais que ocorreram no país desde o início de agosto. Esse número não inclui a população total dos municípios afetados.
De acordo com a CNM, 531 cidades brasileiras decretaram estado de emergência devido às queimadas. Houve um aumento no número de pessoas impactadas e no número de municípios em estado de emergência em comparação ao ano anterior.
Todos os estados brasileiros reportaram ao menos um município nessa situação, com destaque para Mato Grosso, Tocantins e São Paulo, que concentram o maior número de decretos de emergência.
A CNM registrou um aumento de 2.200% no número de municípios em estado de emergência devido aos incêndios florestais, em comparação com o mesmo período do ano passado.
Os estados mais afetados incluem Acre, Tocantins, Rondônia e Mato Grosso, com grande parte de seus territórios em situação crítica.
O prejuízo causado pelos incêndios florestais é estimado em R$ 1,1 bilhão, com impacto na agricultura, na pecuária e nos serviços de saúde de emergência, especialmente a partir de agosto.
A CNM também alertou para os impactos severos dos incêndios florestais no Brasil, como a sobrecarga no sistema de saúde, a interrupção no fornecimento de água potável e a suspensão de aulas.
A entidade defende a criação de um consórcio nacional para debater políticas de combate a desastres climáticos e a aprovação da PEC 31/2024.
Essa proposta prevê a criação do Conselho Nacional de Mudança Climática, da Autoridade Climática Nacional e do Fundo Nacional de Mudança Climática.
A CNM argumenta que uma ação interfederativa, com os recursos da PEC do Clima, é essencial para prevenir desastres e garantir a segurança dos cidadãos.
Estiagem
Além dos incêndios, a estiagem que afeta diversas regiões do Brasil tem causado prejuízos financeiros e levado 154 municípios a decretarem estado de emergência. Mais de um milhão de pessoas foram impactadas pela falta de chuva.
Apesar de a seca de 2024 ter atingido um número menor de municípios em relação a 2023, o prejuízo financeiro é elevado, totalizando R$ 41,4 bilhões em perdas desde o início do ano.
O bloqueio atmosférico, que tem provocado calor extremo e tempo seco, aumentou o risco de incêndios e piorou as condições de saúde, levando algumas cidades a considerarem o racionamento de água.
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