A seca histórica que atinge o Brasil está causando problemas em diversas partes do país.  Setembro - último mês do inverno - começou com uma onda de calor forte que, além de elevar as temperaturas,  reduziu bastante a umidade.
Reprodução: Flipar
A seca histórica que atinge o Brasil está causando problemas em diversas partes do país. Setembro - último mês do inverno - começou com uma onda de calor forte que, além de elevar as temperaturas, reduziu bastante a umidade.

O Brasil enfrenta altas temperaturas e baixa umidade nesta terça-feira (10) devido à onda de calor que se estende desde Rondônia até o Rio Grande do Sul. Segundo o alerta meteorológico do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) , a nova onda de calor deve elevar as temperaturas em até 5ºC acima da média histórica durante os próximos dias.

O alerta abrange os estados de Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, além do sul de Minas Gerais e do Norte do Rio Grande do Sul. O aviso, iniciado na segunda-feira (9), está previsto para durar entre dois e três dias. Em algumas cidades, as temperaturas poderão ultrapassar os 40ºC devido à baixa umidade.

São Paulo

Em São Paulo, o cenário deve perdurar, ao menos, até domingo (15), segundo a previsão do tempo do CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências), da prefeitura paulistana.

Segundo o Inmet, a máxima deverá oscilar entre 33°C e 34°C até a sexta-feira (13).

Às 18h da segunda-feira (9), a umidade relativa do ar foi de 12%, com medição na mesma estação meteorológica

Entre a noite de domingo e o início da próxima semana podem ocorrer chuvas irregulares, rápidas e isoladas, com baixo potencial para alagamentos, por conta da propagação de uma frente fria pelo litoral paulista.

"Esse sistema deve trazer alívio do calor e dos baixos índices de umidade do ar registrados nos últimos dias", afirma o órgão municipal.

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Secura

O Inmet também prevê que, nesta terça-feira (10), a umidade relativa do ar deve cair para níveis críticos, variando entre 20% e 30% em 21 estados: Acre, Amazonas, Pará, Rondônia, Tocantins, Ceará, Maranhão, Piauí, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás e Distrito Federal.

A MetSul Meteorologia atribui a situação ao avanço de uma massa de ar extremamente seca e quente sobre o país, resultando em níveis de umidade semelhantes aos encontrados em desertos. Valores abaixo de 20% são considerados uma situação de emergência pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

O final de semana foi marcado por calor intenso, com registros acima de 40ºC em cidades como Cuiabá (42,6ºC), Aquidauana (41ºC) e São Miguel do Araguaia (40,3ºC). A MetSul indica que a onda de calor deve intensificar-se ainda mais ao longo da semana.

A estiagem prolongada e a secura do solo estão criando um ciclo de retroalimentação que amplifica o calor. Nos próximos dias, espera-se que a massa de ar seco e quente sobre o Brasil se intensifique e se expanda.

Queimadas e qualidade do ar

O aumento da seca tem contribuído para mais queimadas, afetando tanto o Norte quanto o Sul do país e elevando as temperaturas. Além das queimadas na Amazônia, a fumaça está se deslocando para os estados do Sul e Sudeste devido a um corredor de vento.

No final de semana, foram registrados 7.028 focos de calor em todo o país, conforme dados do Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Os meses de julho e agosto apresentaram números recordes de queimadas, particularmente na Amazônia, onde a redução das chuvas está impactando as bacias hidrográficas e tornando a vegetação mais suscetível ao fogo.

Dados recentes da IQAir mostram que Porto Velho (RO), Rio Branco (AC) e São Paulo (SP) apresentaram algumas das piores qualidades de ar do mundo no domingo (8), refletindo o impacto das queimadas e da baixa umidade na qualidade do ar.

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