Chamas na terra indígena Kadiwéu, em Porto Murtinho (MS)
Ibama-PrevFogo/Reprodução
Chamas na terra indígena Kadiwéu, em Porto Murtinho (MS)

Um incêndio de grandes proporções tem devastado a Terra Indígena Kadiwéu, localizada no Pantanal, em Porto Murtinho (MS). Desde a madrugada desta quarta-feira (28), equipes de combate têm trabalhado intensamente para conter as chamas. As informações são do g1.

O foco mais recente, conforme apuração do veículo, na Terra Indígena (TI) Kadiwéu, foi detectado por satélites no último 25 de agosto. Desde então, brigadistas do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (PrevFogo) foram enviados para combater o incêndio.

Cerca de 70 profissionais lutam contra o fogo na área, e não há previsão para o término do combate, segundo o chefe da brigada, Márcio Yule. Desde o início do ano, em 1º de janeiro, mais de 60% da TI Kadiwéu já foi afetada por queimadas.

Conforme dados do Governo Federal, a TI Kadiwéu é habitada por indígenas de três etnias: Kadiwéu, Kinikinau e Terena. No total, 1.697 indígenas residem na área, que possui 539 mil hectares oficialmente demarcados.


"Não está fora de controle. Temos 70 brigadistas atuando na região. O reforço chegou há duas semanas, mas ao longo dessa operação outros brigadistas já estavam alocados na Terra Indígena", afirmou Márcio Yule.

O Pantanal enfrenta incêndios há mais de três meses - mais de 2,3 milhões de hectares foram consumidos pelo fogo. A área devastada representa 15,37% do território total do Pantanal brasileiro.

Entre a última segunda (26) e terça-feira (27), 72 focos de calor foram identificados em Mato Grosso do Sul, dos quais 25 estão concentrados no Pantanal.

Em Porto Murtinho, região na qual se localiza a TI Kadiwéu, 17 focos de calor permanecem ativos, embora a última frente fria, do final de semana, tenha ajudado a reduzir em partes o calor e a controlar parcialmente os incêndios.

Mesmo com a queda nas temperaturas e com o aumento da umidade, especialistas seguem alertando sobre o risco de fogo subterrâneo, conhecido como turfa. Brigadistas e bombeiros continuam em alerta máximo no combate ao incêndio no bioma.

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