A jovem Thais Medeiros, que teve uma grave reação alérgica após cheirar pimenta no começo de 2023, deixou a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), segundo a família. Adriana Medeiros, mãe da jovem, afirmou que a filha foi internada para tratar uma infecção urinária e agora foi transferida para um quarto.
Thais recebeu alta da UTI na última terça-feira (6). Segundo a família, a jovem teve febre, pressão baixa e foi levada ao Centro Estadual De Reabilitação e Readaptação (Crer), em Goiânia, e foi internada na madrugada de domingo (4).
Em uma das recentes postagens de Thais nas redes sociais, o padrasto e a mãe da jovem compartilharam que ela conseguiu engolir e experimentar o sabor da carne pela primeira vez desde a grave infecção.
No vídeo, Thais aparece ao lado de sua fonoaudióloga, que usa um gelo para administrar o caldo da carne na boca dela. A família de Thais celebrou esse avanço significativo no tratamento.
“É maravilhoso ver seu progresso, sua força e sua vontade de viver. Estaremos sempre ao seu lado, assim como quase 1 milhão de pessoas que torcem e oram por você”, diz a legenda do post.
Relembre o caso
No dia 17 de fevereiro de 2023, Thais já estava sentindo os sintomas de asma, mas resolveu viajar para a casa do namorado em Anápolis (GO). Naquele dia, ela e a família de Matheus estavam todos na cozinha, quando a mãe do namorado destampou um frasco de pimenta e todos inalaram a especiaria.
Segundo as testemunhas, a jovem não chegou a encostar no recipiente para sentir o aroma que desencadeou uma reação alérgica imediata.
“Ela tentando puxar o ar, mas o ar não ia. Era uma agonia” , disse o namorado em relato ao Fantástico em março.
Segundo a Dra. Albertina Varandas Capelo, Coordenadora do Departamento Científico de Anafilaxia da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), especiarias como a pimenta, podem desencadear sintomas cutâneos, gastrointestinais e respiratórios, como coceira no corpo, urticas, placas vermelhas, coceira na boca, dor abdominal, diarreia, náuseas, espirros, coriza, tosse e chiado no peito.
Após cheirar a pimenta, a jovem não conseguiu respirar de foram correta. A baixa circulação de oxigênio para o cérebro e coração provocou uma parada cardiorrespiratória.
"Ela sofreu uma lesão irreversível. O cérebro ainda pode ter alguma recuperação, mas a gente acredita que voltar às atividades habituais dela, as atividades normais, isso, infelizmente, não”, disse Rubens Dias, médico da UTI em que Thaís estava internada.
Durante esse 1 ano e meio em tratamento, Thais passou por diversos neuromodulação e sessões de fonoaudiologia e fisioterapia. Atualmente, a jovem não anda e não fala.
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