Nas últimas semanas, circula nas redes sociais um vídeo que mostra um suposto criminoso colocando um tecido com uma substância desconhecida em um carro para dopar a motorista e roubá-la.
A tática ficou conhecida como "golpe do paninho" e causou preocupação entre os usuários. Entretanto, alguns perfis que publicaram o vídeo afirmaram que se trata de uma simulação, uma vez que o ângulo e os cortes da gravação dão indícios de que as imagens não foram feitas por uma câmera de segurança.
Assista ao vídeo:
Golpe improvável
Ao UOL , o policial federal e instrutor de defesa pessoal Fábio Henrique explicou que o "golpe do paninho" depende de muitas variáveis e, por isso, não seria a primeira opção de um criminoso.
"Primeiro, não existe uma substância com esse efeito tão forte e imediato. Outra questão é que o ladrão dependeria de muitas condicionantes para dar certo. Dificilmente uma pessoa normal iria cheirar aquele pano. O que os bandidos fazem é seguir uma pessoa, procurar o momento de fragilidade da pessoa e usar violência rendê-la", disse.
Desserviço
O profissional criticou postagens na linha dessa do suposto golpe, uma vez que causam pânico entre a população, especialmente à terceira idade.
"É um desfavor que as pessoas fazem em busca de likes. As pessoas começam a ficar paranoicas, isso não existe", esclarece.
Segundo o especialista, apesar do vídeo do "golpe do paninho" ser falso, as pessoas não estão imunes de serem vítimas de roubos e sequestros, que geralmente acontecem com aquelas que estão "sozinhas, desatentas e em espaços desertos".
"Normalmente, os criminosos agem em dupla e possuem um planejamento — que é o que dificulta a reação da vítima. No entanto, o conhecimento é sua arma mais poderosa. Ter consciência sobre segurança não significa estar apavorado, cismado ou paranoico", pontuou o policial.
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