Tiago Gomes de Souza durante reconstituição do caso
Reprodução/TV Globo
Tiago Gomes de Souza durante reconstituição do caso

O empresário Tiago Gomes de Souza , suspeito de ter matado o idoso César Torressi com uma voadora , pediu um habeas corpus para ser transferido para prisão domiciliar enquanto aguarda julgamento. 

Em seu pedido, Tiago Gomes disse à Justiça que possui transtorno bipolar e depressão. A declaração do empresário também afirma que a prisão agrava seus sintomas. 

"As prisões brasileiras são verdadeiras masmorras medievais, locais nos quais os presos têm sua dignidade de pessoas humanas vilipendiadas diuturnamente", diz um trecho do texto, ao qual o UOL teve acesso. 

À Justiça, o empresário ainda afirmou que a prisão domiciliar seria justificada pelo fato de possuir três filhos, sendo um deles com síndrome de Down. "As crianças vêm sofrendo muito com a ausência do genitor", diz a defesa.

Apesar das reivindicações, o pedido de habeas corpus foi recusado pelo desembargador Hugo Maranzano. "Não há notícias de que os filhos estejam desamparados, não se constatando a necessidade de imediata concessão da prisão domiciliar", diz o despacho.


Relembre o caso

O crime ocorreu em 8 de junho, quando o idoso Cesar Fine Torresi, de 77 anos, atravessava a Rua Pirajá da Silva, em Santos, de mãos dadas com seu neto de 11 anos.

Tiago, dirigindo um carro, freou bruscamente, levando o idoso a apoiar as mãos sobre o capô. Foi então que o motorista saiu do veículo e o agrediu com um chute no peito.

Tiago alegou ter sido tomado por um "ataque de fúria" diante da atitude do idoso em repreendê-lo por avançar com o carro contra ele e seu neto. Ele relatou à polícia não ter percebido se havia machucado o idoso ao avançar com o veículo e afirmou que a vítima e seu neto continuaram a caminhar após a discussão.

Durante a reconstituição do crime em Santos, Tiago se entregou à emoção, chorando e se ajoelhando para pedir desculpas , enquanto era acompanhado por autoridades policiais, seu advogado e o filho da vítima, Bruno Cesar Fine Torresi.

"Ele [Tiago] nem estacionou o carro. Simplesmente desceu, deixou a chave ali e foi atrás do senhor. Ele diz que houve uma discussão. O neto diz que não", explicou a delegada Liliane Lopes Doretto, do 3° Distrito Policial da cidade.

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