O aumento na demanda pelos cálculos biliares — as pedras na vesícula — de animais bovinos não fez crescer só o seu valor, como também a criminalidade no interior do estado de São Paulo.
Neste domingo (21), uma reportagem especial do programa Fantástico abordou o roubo de pedras da vesícula de boi. A demanda pela “preciosidade” é maior em países da Ásia, e sua raridade lhe concede um valor até maior do que o ouro, com potencial de valer R$ 1 mil o grama.
Essas pedras geralmente se formam em animais mais velhos. Como os bovinos são abatidos ainda jovens, esse fator as torna ainda mais raras e cobiçadas pelo mercado asiático, que as usa para desenvolver remédios.
O Brasil é o maior produtor das 'pedras de boi' e tem um mercado formal para sua comercialização, com empresas que compram e exportam o material de forma regular. Entretanto, o alto valor dos cálculos atraiu um mercado 'paralelo' de vendas, que exporta produtos roubados.
Os casos de roubo aconteceram principalmente no interior paulista. A reportagem do Fantástico mostrou um assalto avaliado em pelo menos R$ 2 milhões em cálculos biliares bovinos. Três meses depois, houve mais um roubo em Barretos, que é considerada a capital nacional das pedras de boi.
Na mesma semana, a 300 quilômetros de distância, mais um assalto em São João da Boa Vista. Segundo a investigação, os assaltos em São João da Boa Vista e em Barretos foram de autoria da mesma dupla.
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