Desde a morte de Clarinha, em 14 de março, nove famílias já procuraram a polícia do Espírito Santo na tentativa de identificar um possível parentesco. Desse total, sete foram descartadas, uma aguarda resultado de exame de DNA e a outra ainda deve ter o caso analisado. Enquanto isso, o corpo da paciente já está há 24 dias no Departamento Médico Legal (DML) de Vitória. As informações são do g1.
Segundo a Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), a família que foi encaminhada para coleta de amostra de DNA fez o exame no dia 28 de março, e a análise ainda está em andamento. Trata-se de uma suposta filha, que é de Minas Gerais.
Ainda de acordo com a polícia, o outro caso deve começar a ser analisado a partir de dados processados pela Polícia Científica de São Paulo. São perfis genéticos de uma suposta irmã e um suposto pai.
Sete famílias foram descartadas após comparação de digitais
As sete famílias que procuraram a polícia após a morte de Clarinha e tiveram a compatibilidade descartada passaram por comparação de digitais. Essas pessoas apresentaram documentações de parentes desaparecidos e foi feita uma comparação das digitais com as da paciente misteriosa.
Vale destacar que, durante os 24 anos em que Clarinha esteve internada, nunca foi possível colher suas digitais. Isso só mudou após o óbito, quando peritos realizaram um procedimento post mortem que permitiu o levantamento de digitais completas para a realização de comparações e exames.
Ainda segundo o g1, além dos nove casos mencionados, o DML ainda aguarda os prontuários de mais duas famílias, sendo uma do Ceará e outra do Piauí, para comparar as digitais.
O corpo de Clarinha deve permanecer por, pelo menos, 40 dias no Departamento Médico Legal de Vitória. O prazo é maior que o padrão, para aguardar que todos os resultados fiquem prontos e esgotar todas as tentativas de identificação com as famílias que buscaram a polícia.
Para as famílias que desconfiam de parentesco com a paciente e não podem se dirigir ao Espírito Santo para a coleta de amostras, a polícia capixaba diz que pode colaborar com a perícia oficial do estado em que os indivíduos estão localizados. Nesses casos, os perfis genéticos ou as amostras biológicas são coletados e depois enviados para o laboratório forense do ES.
O caso Clarinha
A jovem estava internada em coma desde o dia 12 de junho de 2000, após ser atropelada por um ônibus no Centro de Vitória. A paciente foi internada em uma unidade de saúde da cidade, sem qualquer identificação. "Clarinha" foi o apelido que recebeu da equipe médica do hospital. Acredita-se que ela tenha morrido com 47 anos de idade.
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