Desde outubro passado, Marcelo Câmara, assessor de Jair Bolsonaro , está contratado pelo Partido Liberal (PL) para atender ao ex-presidente com uma remuneração de R$ 18,5 mil.
Câmara foi preso nesta quinta-feira (8) no âmbito da operação Tempus Veritatis , que investiga a "organização criminosa que atuou na tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito, para obter vantagem de natureza política com a manutenção do então presidente da República no poder".
A Operação Tempus Veritatis também prendeu Filipe Martins, ex-assessor especial da Presidência de Bolsonaro , e fez operações de busca e apreensão nos endereços dos generais Braga Netto, Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira e Stevan Teófilo Gaspar de Oliveira; o ex-ministro da Defesa, Anderson Torres; e Valdemar Costa Neto, presidente do PL.
Segundo informações do jornal O Globo, de outubro a dezembro, Câmara recebeu R$55 mil de salário do PL. Câmara deixou o governo em janeiro de 2023, quando foi realizada a posse do atual presidente da República, tornando-se auxiliar de Bolsonaro com um salário de R$11 mil.
No mês de outubro do ano passado, ele foi contratado pelo PL com um salário mais alto. O iG está tentando entrar em contato com o partido para obter maiores detalhes sobre a contratação de Câmara, a operação da PF e como ela atingiu membros da legenda. Até então, não obtivemos resposta.
Marcelo Câmara já era investigado pela Polícia Federal no esquema de extravio e venda irregular de joias da União recebidas por Bolsonaro; e também foi alvo de busca e apreensão de documentos na Operação Venire no mês de maio.