A Polícia Federal (PF) prendeu, nesta quinta-feira (8), dois membros do time de assessores especiais do ex-presidente Jair Bolsonaro . Um deles é o coronel do Exército Marcelo Câmara, suspeito de fazer parte de um esquema criminoso que atuou na tentativa de golpe de Estado e de abolição do Estado.
Em janeiro de 2023, após o fim da gestão Bolsonaro, Câmara continuou ao lado do ex-presidente após ser contratado para auxiliá-lo, com salário de R$ 11 mil. Ele só foi exonerado do cargo em outubro do ano passado, quando já era alvo da apuração sobre a venda de joias e presentes recebidos pelo ex-mandatário.
Após a exoneração, Câmara foi contratado pelo PL para assessorar o ex-presidente com uma remuneração de R$ 18,5 mil, como mostrou a coluna de Lauro Jardim, do jornal O Globo.
No ano passado, Câmara foi investigado pela Comissão Mista Parlamentar de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro, que apurou o esquema e o financiamento dos atos golpistas. O Coronel chegou a ter sigilo fiscal, telefônico e telemático quebrado pelos parlamentares, assim como o ex-chefe da Ajudância de Ordens Mauro Cid.
Em maio, ele também foi investigado pela Polícia Federal sob a suspeita de participar de fraude nos cartões de vacina do ex-presidente, familiares e assessores.