Avião da FAB continua buscas por helicóptero desaparecido em São Paulo
Reprodução / FAB - 3.01.2024
Avião da FAB continua buscas por helicóptero desaparecido em São Paulo
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As buscas pelo  helicóptero desaparecido no litoral de São Paulo chegam ao décimo dia nesta quarta-feira (10). A aeronave Robinson R44 decolou do Campo de Marte, na região norte da capital paulista, às 13h15 do dia 31 de dezembro, com destino à Ilhabela. A partir das 15h10, não houve mais contato.

No helicóptero estavam o piloto Cassiano Tete Teodoro, Luciana Rodzewics, a filha dela, Letícia Ayumi Rodzewics Sakamoto e Raphael Torres, que convidou mãe e filha para um passeio bate-volta.

Ontem (9), no nono dia de buscas , as famílias dos passageiros se reuniram para articular uma busca paralela do paradeiro da nave . A reunião foi convocada pela advogada da família do piloto, Cassiano Teodoro.

Silvia Santos, irmã de Luciana Rodzewics,  afirmou em entrevista à GloboNews na manhã de terça-feira que as famílias devem se unir para contratar mateiros e pessoas que conheçam as matas da região para fazer uma investigação simultânea à feita diariamente pelas autoridades.

"Ela (advogada) falou que estão contratando mateiros, já estão acampando lá, pessoas da família dele (piloto). Ela falou que, se a gente não se unir, as buscas vão parar. Então eu falei: "não vamos parar, vamos pra lá agora"", afirmou Silvia.

A irmã do empresário Raphael Torres, Herika Torres, afirmou à CNN que uma equipe de voluntários também auxilia nas buscas. Ela é composta por mateiros e por operadores de drones.

“Temos algumas pessoas que estão nos ajudando com a busca na região por drone e por chão. Essas pessoas estão conosco diariamente. Todos estão fazendo de bom coração, não nos cobraram nada”, declarou Herika.

Últimos contatos

Através de mensagens enviadas por Letícia ao namorado, foi possível saber que eles realizaram um pouso de emergência antes de desaparecer. Isso porque o tempo, segundo a jovem, estava com muita neblina.

Nas mensagens ao namorado ela disse: "Tempo ruim. Não dá para passar. Medo”.

Em seguida, Letícia envia uma foto dizendo que eles realizaram um pouso de emergência em uma área de mata. O namorado então pergunta onde eles estavam e ela responde: “Sei lá, estou parada no meio do mato”.

Por fim, a jovem afirma que eles estavam tentando entrar em Ilhabela, mas iriam voltar para São Paulo.

Um outro contato foi feito por Rafael Torres, que avisou o filho às 14h25 que eles estavam indo para Ubatuba.

“Filho, eu vi que você leu minha mensagem agora. Acho que vou para Ubatuba porque Ilhabela está ruim, meu. Não consigo chegar”, disse Torres em mensagem.

Ainda, o celular da passageira Luciana emitiu sinais até o dia 1º, segundo informação do delegado Paulo Sérgio Pilz dada em entrevista ao programa Brasil Urgente, da TV Band. Ele também foi questionado se a aeronave pode ter caído na água.

"Não podemos descartar nada, mas se o telefone da Luciana ficou funcionando até o dia 1, às 22h14, que estávamos monitorando, ele ficou fora da água. Na água ele não iria transmitir [sinal]", afirmou o delegado.

O local do pouso de emergência informado pela passageira Letícia foi descoberto pela Polícia Civil . A área fica em Paraibuna (SP), ao lado de uma represa. Contudo, nenhum vestígio da aeronave ou das quatro pessoas foram encontrados.

Operação de buscas

Até agora, foram realizadas mais 75 horas de voo por aeronaves da Força Aérea, especializadas em missões de busca e salvamento. Eles estão sendo procurados em seis cidades: Paraibuna, Caraguatatuba, Salesópolis, Natividade da Serra, Redenção da Serra e São Luiz do Paraitinga.

Nas buscas, a FAB usa a aeronave SC-105 Amazonas, do Segundo Esquadrão do Décimo Grupo de Aviação (2º/10º GAV) – Esquadrão Pelicano, com 15 tripulantes a bordo. A aeronave é equipada com um radar capaz de procurar sobre terra ou mar, com alcance de até 360 quilômetros. Um sistema de comunicação via satélite também permite o contato com outras aeronaves ou centros de coordenação de salvamento, mesmo em voos em baixa altura.

A SC-105 Amazonas conta ainda com um sistema eletro-óptico de busca por imagem e por espectro infravermelho, que permite detectar, por exemplo, uma aeronave encoberta pela vegetação.

Também está sendo empregada nas buscas uma aeronave H-60 Black Hawk, do Quinto Esquadrão do Oitavo Grupo de Aviação -Esquadrão Pantera, com nove pessoas a bordo. 

A Polícia Civil utiliza informações de geolocalização dos celulares das quatro pessoas que estavam na aeronave para tentar encontrá-los. A última localização foi registrada na região de Paraibuna, interior de São Paulo.



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