Nesta terça-feira (9), as buscas pelo helicóptero que desapareceu com quatro pessoas no Litoral Norte de São Paulo entraram no nono dia. Até o momento, as equipes de resgate ainda não encontraram sinais dos passageiros ou da aeronave.
A área de buscas da Força Aérea Brasileira (FAB) e da Polícia Militar foi ampliada e uma torre de telefonia detectou o sinal do celular de uma das passageiras que estava no helicóptero. O aparelho teve sua última atividade registrada às 22h14 do dia 1º de janeiro.
Até agora, aeronaves da FAB especializadas em missões de busca e salvamento realizaram 75 horas de voo, mas nenhuma pista sobre o paradeiro do helicóptero foi encontrada. Em nota, a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo informou que continua auxiliando a FAB nas operações.
O Corpo de Bombeiros também participou das buscas em locais pontuais onde o avião da FAB não pôde ir devido às más condições meteorológicas, mas também não obteve sucesso na procura.
O caso
O helicóptero decolou por volta das 13h do dia 31 de dezembro, do aeroporto Campo de Marte, na Zona Norte da capital paulista, com destino a Ilhabela, no Litoral Norte, mas desapareceu durante o percurso.
Na aeronave estavam Letícia Ayumi Rodzewics Sakumot, de 20 anos, a mãe dela, a vendedora de roupas Luciana Marley Rodzewics Santos, de 46 anos, o piloto, identificado como Cassiano Tete Teodoro, 44 anos, e Raphael Torres, de 41, que convidou mãe e filha para um passeio bate-volta em Ilhabela.
O helicóptero, de modelo Robinson R-44, foi fabricado em 2001 e tinha capacidade de transportar até três pessoas, além do piloto, de acordo com o Registro Aeronáutico Brasileiro, da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
O veículo em questão, no entanto, não estava autorizado a fazer táxi-aéreo, segundo a Anac. Ele é registrado sob a matrícula PR-HDB. A documentação do Certificado de Verificação de Aeronavegabilidade, porém, está em situação regular, com validade até junho de 2024.
Além disso, o piloto já foi investigado por realizar voos irregulares e teve sua licença para voar cassada de 2021 a 2023, ficando proibido de fazer voos comerciais de passageiros.