As buscas pelo helicóptero com quatro ocupantes desaparecida no litoral norte de São Paulo estão no nono dia nesta terça-feira (9) e ainda não há sinais encontrados pelas equipes. A área de buscas foi ampliada e uma torre de telefonia detectou o sinal do celular de uma das passageiras. O telefone teve sua última atividade registrada às 22h14 do dia 1º de janeiro.
A ação está sendo realizada em Paraibuna e nas cidades vizinhas, com drones equipados com câmeras térmicas ajudando nas buscas. A Força Aérea está varrendo a extensão da Serra do Mar, entre os municípios de Natividade da Serra, Salesópolis e Caraguatatuba, numa área de cinco mil quilômetros quadrados.
O sinal de celular detectado pela torre pertence à passageira Luciana Rodzewics. Seria ideal que mais duas torres captassem o sinal para triangulação, o que poderia dar às equipes uma localização mais precisa da aeronave.
A polícia mencionou que, embora grande parte da região seja coberta por uma represa, o fato de o sinal ter alcançado a torre sugere que a aeronave, provavelmente, caiu em terra firme.
Até agora, foram realizadas 75 horas de voo por aeronaves da Força Aérea , especializadas em missões de busca e salvamento. Ainda estão desaparecidos Luciana, sua filha Letícia, o amigo Rafael e o piloto Cassiano Tete Teodoro.
Nas buscas, a FAB usa a aeronave SC-105 Amazonas, do Segundo Esquadrão do Décimo Grupo de Aviação (2º/10º GAV) – Esquadrão Pelicano, com 15 tripulantes a bordo. A aeronave é equipada com um radar capaz de procurar sobre terra ou mar, com alcance de até 360 quilômetros. Um sistema de comunicação via satélite também permite o contato com outras aeronaves ou centros de coordenação de salvamento, mesmo em voos em baixa altura. A SC-105 Amazonas conta ainda com um sistema eletro-óptico de busca por imagem e por espectro infravermelho, que permite detectar, por exemplo, uma aeronave encoberta pela vegetação.
Também está sendo empregada nas buscas uma aeronave H-60 Black Hawk, do Quinto Esquadrão do Oitavo Grupo de Aviação -Esquadrão Pantera, com nove pessoas a bordo. A H-60 Black Hawk é empregada para infiltração e exfiltração de tropa e para missões de resgate e busca e salvamento.
O helicóptero, um modelo Robson 44, partiu do Campo de Marte, na zona norte da capital paulista, saiu com destino a Ilhabela no último dia do ano. Durante o percurso, houve forte neblina e o piloto fez um pouso de emergência. Ele tentou decolar novamente, mas desde então desapareceu. A polícia já identificou o local do primeiro pouso de emergência feito pelo helicóptero.
Em nota, a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo informou que continua auxiliando a FAB nas buscas pelo helicóptero.
O Corpo de Bombeiros também já verificou alguns locais pontuais a que o Águia não pôde ir por causa das más condições meteorológicas, também sem sucesso.