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Nesta terça-feira (9), o governo federal anunciou, medidas de apoio permanente à população da Terra Indígena Yanomami, em Roraima. Segundo o ministro da Casa Civil, Rui Costa, essa medida significa o monitoramento da região com a presença permanente das Forças Armadas e Polícia Federal.
Além das Forças Armadas e Polícia Federal, o governo instalará na Casa de Governo os ministérios dos Povos Indígenas, Meio Ambiente, Direitos Humanos e Educação; a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai); Agência Brasileira de Inteligência (Abin); Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama); e Polícia Rodoviária Federal.
Serão empregados R$1,2 bilhão para medidas de reforço da segurança da área em áreas onde a população vive sob a constante ameaça do garimpo ilegal. O governo considera esta medida a saída “de um ano de situações emergenciais para ações permanentes em 2024”.
“Nós iremos, em 30 dias, junto com Ministério da Defesa e Polícia Federal, estruturar e reestruturar as Forças Armadas da região, não como forma provisória ou emergencial, mas como presença definitiva para retirar definitivamente eventuais invasores da região”, disse o ministro.
Rui Costa considerou “vitorioso” o resultado do trabalho contra o crime organizado na Terra Indígena Yanomami, citando mais de 400 operações que levaram à apreensão de R$ 600 milhões em patrimônio e recursos financeiros de grupos ilegais.
Crise humanitária
Em janeiro do ano passado, o governo federal se mobilizou para combater o que foi decretado como uma crise humanitária na Terra Indígena Yanomami, em meio a altos índices de malária e desnutrição, especialmente nas crianças.
Entre janeiro e novembro de 2023, 308 pessoas da etnia morreram na terra indígena, das quais, 52,5% são crianças de até 4 anos. Desde então, o Executivo tem dispensado esforços para o atendimento de saúde em Roraima e o envio de alimentos para a região, segundo o que foi divulgado pela Secretaria de Saúde Indígena, do Ministério da Saúde (Sesai).