O gerente da loja confirmou que realizou a venda com a agulha já tendo sido usada por outra pessoa
Reprodução: Flipar
O gerente da loja confirmou que realizou a venda com a agulha já tendo sido usada por outra pessoa

O Carrefour de Osasco , na região metropolitana de São Paulo, recebeu uma denúncia de ter vendido um  teste de glicemia com a agulha já usada por outro cliente. A acusação foi feita por uma enfermeira, que denunciou a farmácia pelo ocorrido. A profissional da saúde teria já feito contato sanguíneo com a agulha, após ser orientada de forma equivocada pela farmacêutica da rede de varejo. Em um vídeo, o gerente da loja confirmou que o aparelho havia sido testado anteriormente em um cliente, que acabou não querendo levar o medidor.

A enfermeira fez a denúncia no dia 5 de dezembro na Polícia Civil de São Paulo. Ela estava em um tratamento de fertilização in vitro, tendo que paralisar para iniciar o tratamento de prevenção ao HIV e a Hepatite B.

Segundo a vítima, o aparelho de medição teria sido mostrado a ela na farmácia no dia 4 de dezembro. Nos registro, ela relata que a agulha já estava dentro do medidor de glicemia, e que a farmacêutica responsável havia informado que esse era o padrão da marca "ACCU CHEK". Após efetuar a compra, a enfermeira chegou em casa e utilizou o aparelho. Ao mexer no aparelho, a vítima clicou na aba "memória", e verificou um teste feito no dia 1º de dezembro.

Após isso, a enfermeira então leu o manual e identificou que o medidor de glicemia não deveria ser vendido com a agulha acoplada. Elas deveriam estar em um saco lacrado, contendo 10 unidades do material, que é descartável. Ao ver a caixa, percebeu que tinha apenas nove agulhas.

No dia seguinte, a profissional da saúde voltou à farmácia do Carrefour. Ela não relatou que havia comprado um aparelho violado, e apenas pediu para ver o mesmo medidor comprado, mas dessa vez lacrado. No aparelho novo,o medidor estava sem agulha acoplada, com as 10 lacradas em um saco plástico, como estava especificado no manual.

Então, a enfermeira questionou o gerente da farmácia, que confirmou que o aparelho havia sido usado como teste em outro cliente dias antes, mas que ele não quis levar o produto. 


Tratamento de HIV e Hepatite B

A enfermeira relatou no boletim de ocorrência aberto contra a farmácia que foi preciso iniciar um tratamento de prevenção contra o HIV e a Hepatite B, pois ela teve contato sanguíneo com a agulha já usada por outra pessoa. Entretanto, ela relata que estava em um tratamento para fertilização in vitro, com custos de R$ 20 mil, mas que teve que interromper devido ao coquetel de remédios do novo tratamento.

No vídeo, o gerente que assumiu o erro afirmou que o  Carrefour vai dar o apoio necessário à enfermeira nos tratamentos médicos, uma vez que houve a exposição sanguínea. Mas nada é falado sobre o custeio dos tratamentos médicos referentes a fertilização in vitro que foi interrompido.

O Carrefour emitiu uma nota informando que a farmacêutica que liberou a venda do produto fosse desligada, além de dizer que estão oferecendo apoio psicológico e médico à enfermeira que está sob risco de contaminação. Entretanto, eles ressaltam que a probabilidade de infecção é de cerca de 2%, segundo a Organização Mundial da Saúde. A cliente, no entanto, recusou a ajuda.

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