Filho de miliciano, conhecido como Taillon (esquerda), seria o suposto alvo do atentado
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Filho de miliciano, conhecido como Taillon (esquerda), seria o suposto alvo do atentado


A Polícia Civil do Rio de Janeiro intensificou nesta quinta-feira (5) as investigações em torno do caso envolvendo a morte de três médicos na orla da Barra da Tijuca. Novos indícios sugerem que traficantes suspeitos de ligação com o crime possam ter sido vítimas de retaliação no Complexo da Penha, em uma aparente ação ordenada por líderes da facção do tráfico Comando Vermelho.

Informações apontam para uma reunião que ocorreu na Vila Cruzeiro, envolvendo suspeitos ligados ao crime, incluindo Juan Breno Malta Ramos Rodrigues, conhecido como BMW. A suspeita é que pelo menos três deles tenham sido submetidos a julgamento e executados em um chamado "tribunal do tráfico."

A situação levanta preocupações entre lideranças do Comando Vermelho, que teriam ficado contrariadas com a repercussão do caso, especialmente devido à morte de inocentes.

Entre os principais suspeitos ligados ao ataque aos médicos estão BMW e Philip Motta Pereira, também conhecido como Lesk ou CR7. Também estão sob investigação outros dois criminosos do grupo "Equipe Sombra," identificados pelos apelidos Ryan e Preto Fosco.

Lesk, que liderou a invasão de traficantes na comunidade da Gardênia Azul em Jacarepaguá, teria trocado de lado para integrar as fileiras do Comando Vermelho, enquanto BMW é apontado como homem de confiança de Lesk e teria participado ativamente da empreitada criminosa.

A principal linha de investigação sugere que os médicos tenham sido baleados por engano.

A Polícia Civil rastreou imagens de câmeras de segurança para reconstituir o trajeto do carro usado no ataque. O veículo, um Fiat Pulse branco, foi conduzido até a comunidade da Cidade de Deus, em Jacarepaguá, considerada uma base do Comando Vermelho na disputa territorial com milicianos. A investigação continua em andamento.


Mortes

Na madrugada desta quinta, o médico Diego Ralf de Souza Bomfim, de 35 anos, irmão de Sâmia Bomfim, foi executado. Ele estava em um quiosque do Rio de Janeiro acompanhado de outros três colegas médicos: Marcos de Andrade Corsato, Perseu Ribeiro Almeida e Daniel Sonnewend Proença.

As câmeras de segurança registraram o momento em que os quatro profissionais de saúde foram alvejados por criminosos, resultando na morte de Diego, Marcos e Perseu. Daniel, gravemente ferido, foi conduzido ao Hospital Lourenço Jorge para tratamento.

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