Daniel Sonnewend Proença levou três tiros, mas sobreviveu
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Daniel Sonnewend Proença levou três tiros, mas sobreviveu


O médico Daniel Sonnewend Proença, de 32 anos, passou por uma cirurgia nas pernas nesta quinta-feira (5) após sobreviver a um terrível ataque a tiros que ocorreu em um quiosque na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Ele foi o único sobrevivente entre seus colegas de profissão.

O Hospital Lourenço Jorge, onde Daniel foi internado, relatou que seu estado de saúde é estável. No final da tarde de ontem, o médico foi transferido para um hospital particular, onde continua a receber tratamento médico.

Daniel Sonnewend Proença é formado pela Faculdade de Marília desde 2016 e é especialista em cirurgia ortopédica, demonstrando excelência em sua carreira na área de saúde.

O acontecimento ocorreu na madrugada desta quinta, quando Daniel estava acompanhado de seus colegas médicos: Marcos de Andrade Corsato, Perseu Ribeiro Almeida e Diego Ralf de Souza Bomfim, irmão da deputada federal Sâmia Bomfim.

As câmeras de segurança do local registraram o momento em que os quatro profissionais de saúde foram alvejados por criminosos. Diego, Marcos e Perseu não resistiram aos ferimentos e perderam suas vidas durante o ataque.

Áudio

Novos elementos da investigação do ataque a quatro médicos sugerem que traficantes tenham sido os responsáveis pelo crime.

A Polícia Civil obteve uma gravação que indica a possibilidade de confusão de identidade envolvendo um dos médicos, Perseu Ribeiro Almeida, e o miliciano Taillon de Alcântara Pereira Barbosa.

A investigação aponta que o ataque pode estar relacionado a uma disputa territorial entre milicianos e traficantes na região. Segundo informações obtidas na gravação interceptada, um homem menciona a localização "Posto 2".

Acredita-se que a voz pertença a Juan Breno Malta, conhecido como BMW, um aliado de Philip Motta, também conhecido como Lesk.

Lesk, que originalmente era miliciano na Gardênia Azul, teria mudado sua lealdade para o Comando Vermelho após o controle da região ter passado para o tráfico de drogas.

Suspeita-se que BMW tenha recebido informações sobre a presença de Taillon no Quiosque do Naná, e sua tentativa era indicar a localização exata para seu comparsa.

No entanto, o Quiosque do Naná encontra-se entre os postos 3 e 4, próximos ao Hotel Windsor, onde os médicos estavam hospedados para um congresso internacional de ortopedia. Isso levanta suspeitas de que o verdadeiro alvo pudesse ser Taillon e não os médicos.

Outros indícios apontam para a possível autoria do ataque por parte de traficantes do Comando Vermelho. O veículo utilizado no crime, um Fiat Pulse branco, foi rastreado após o caso e identificado como tendo sido levado até a Cidade de Deus, conhecida por servir como base para uma quadrilha envolvida na disputa contra a milícia.


Taillon de Alcântara Pereira Barbosa, que teria sido confundido com um dos médicos, já havia sido preso em uma operação no final de 2020.

Ele é filho de Dalmir Pereira Barbosa, considerado um dos principais líderes de uma milícia ativa na Zona Oeste do Rio de Janeiro, envolvida em um conflito com a quadrilha liderada por Lesk.

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