Os ministros da Defesa, José Múcio Monteiro, e da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino
José Cruz/Agência Brasil
Os ministros da Defesa, José Múcio Monteiro, e da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino

O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, expressou preocupação após o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, revelar em delação , sobre uma reunião suspeita entre o ex-presidente e membros das Forças Armadas para discutir um possível golpe de estado no ano passado.

Múcio afirmou que o governo deve se empenhar para esclarecer os fatos sobre a participação dos militares de alta patente na reunião mencionada por Mauro Cid .

O ministro ressaltou que a situação causa “desconforto e constrangimento”, mas apaziguou a situação diante afirmando que “os eventos” envolvem pessoas que não estão mais em posições ativas das Forças Armadas.

Falas do ministro da Defesa

  •  "Na realidade, isso não mexe conosco porque trata de pessoas que pertenceram aqui. Pessoas que estão na reserva, os citados. Nós desejamos muito que tudo seja absolutamente esclarecido. Precisamos desses nomes".
  •  "Evidentemente que constrange esse ambiente que a gente vive. Essa aura de suspeição coletiva nos incomoda. Mas essas coisas que saíram hoje [são] relativas a governo passado, comandantes passados", prosseguiu.

Delação de Mauro Cid

No depoimento à Polícia Federal, Cid detalhou que houve uma reunião entre Bolsonaro e membros da Marinha após as eleições , na qual discutiram uma proposta de golpe militar. Durante o encontro, abordaram uma versão preliminar de um possível decreto golpista. Além dos militares, membros do chamado "gabinete do ódio" também estavam presentes.

Múcio também mencionou que solicitará ao ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, que é o relator do caso, acesso ao conteúdo da delação de Cid , que ainda está sob sigilo.

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