Ministro da Educação, Camilo Santana, participa do 7º Congresso Internacional de Jornalismo de Educação na Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado - Fecap
Rovena Rosa/Agência Brasil - 19/09/2023
Ministro da Educação, Camilo Santana, participa do 7º Congresso Internacional de Jornalismo de Educação na Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado - Fecap

Nesta terça-feira (19), o ministro da Educação, Camilo Santana, disse que os alunos de medicina da Universidade Santo Amaro (Unisa) que praticaram atos obscenos durante jogos universitários  devem responder legalmente sobre o caso.

Embora o ocorrido tenha acontecido em abril, as imagens viralizaram nesse último final de semana.  No vídeo, estudantes da Unisa aparecem nus e realizando uma "masturbação coletiva" durante uma partida de vôlei feminino nos jogos da "CaloMed".

O ministro descreveu o episódio como "repugnante", disse que é "inaceitável" e que o  Ministério da Educação (MEC) aguarda a resposta oficial da Unisa, que tem um prazo de 15 dias para se manifestar. No fim da noite dessa segunda (18), a  faculdade informou ter identificado e expulsado os responsáveis pelos atos obscenos nos jogos, que ocorreram em São Carlos, interior de São Paulo, entre os dias 28 de abril e 1º de maio.

"Não só importante a expulsão, mas também que os alunos possam responder legalmente aos fatos ocorridos. Não podemos imaginar um jovem estudante de medicina com esse tipo de atitude", disse Camilo  durante o Congresso da Jeduca (associação de jornalistas de educação), em São Paulo.

Na ocasião, o líder da pasta ainda disse que o MEC tem o papel de regular as universidades privadas e, por isso, enviou uma notificação à Unisa. De acordo com ele, a Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior (Seres) vai investigar quais providências foram tomadas pela instituição em relação ao caso.

"Não sei como passou tanto tempo sem tornar público, mas quando se tornou fato conhecido para o MEC, nós agimos. O  presidente [Luiz Inácio Lula da Silva (PT)] me ligou ontem de  Nova York preocupado com esse episódio", continuou o ministro.

Na ocasião, o chefe do MEC também cobrou que os alunos se retratem sobre os atos e questionou o motivo de eles terem sido expulsos somente agora, com a repercussão das imagens.

Ontem, a  Polícia Civil de São Paulo também se manifestou sobre o ocorrido e disse ter aberto uma investigação para investigar o episódio.  Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, um boletim de ocorrência foi registrado na Delegacia de Investigações Gerais de São Carlos após as imagens terem circulado nas redes sociais.

"Segundo informações colhidas até o momento, os estudantes do time de futsal masculino de uma universidade invadiram a quadra e passaram a desfilar nus logo após o time para o qual torciam vencer uma partida de vôlei feminino contra outra instituição. Nos vídeos que circulam na internet, é possível ver o grupo mostrar as genitálias e, na sequência, fazer atos obscenos voltados para a quadra", diz nota.

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