Alunos de medicina se masturbam ao assistir jogo de vôlei feminino em torneio interuniversitário
Reprodução/redes sociais
Alunos de medicina se masturbam ao assistir jogo de vôlei feminino em torneio interuniversitário

Alunos de medicina da Universidade Santo Amaro (Unisa), de São Paulo, causaram revolta nas redes sociais neste final de semana depois de viralizar um vídeo no qual eles são vistos se masturbando durante um jogo de vôlei feminino.

Inicialmente, relatos apontavam que o caso teria acontecido no início do mês, durante a competição esportiva universitária Intermed. Posteriormente, porém, foi revelado que o caso ocorreu em abril, no torneio CaloMed, mas as imagens só vieram a público neste final de semana.  Após a repercussão do caso, os estudantes foram expulsos da faculdade.

Nos vídeos, é possível ver alunos da Unisa na lateral da quadra se masturbando enquanto assistem a um jogo de vôlei feminino. Em outro vídeo, cerca de 20 homens aparecem simulando uma "Volta Olímpica" na quadra com as bermudas abaixadas, enquanto tocam suas partes íntimas.

Os vídeos causaram revolta nas redes sociais. Nesta segunda-feira (18), a Associação Atlética Acadêmica José Douglas Dallora, que reúne os atletas do curso de medicina da Unisa, publicou uma nota afirmando que não tolera "qualquer ato de abuso ou discriminatório".

"Atletas, torcedores, equipe técnica e todos os envolvidos em nossas competições e eventos são, por nós, incentivados sempre a terem comportamentos pautados em princípios éticos e sociais em que prevaleçam o respeito, a inclusão e igualdade", diz a entidade.

Já o Centro Acadêmico Rubens Monteiro de Arruda, também da faculdade de medicina da Unisa, publicou nota afirmando que não compactua "com atitudes que ofendam, humilhem e constranjam qualquer pessoa". A entidade caracteriza a atitude dos alunos como "um retrocesso para uma universidade moldada através de lutas e reivindicações de seus discentes".

Repercussão política

Nesta segunda-feira, a União Nacional dos Estudantes (UNE) se manifestou contra o ocorrido. "Esses estudantes precisam ser responsabilizados pelos crimes cometidos em uma conduta inaceitável durante um jogo de vôlei feminino. Não podemos tolerar que casos como esse continuem acontecendo. A nossa luta sempre será por um ambiente universitário sem machismo e sem assédio", diz a UNE.

Através das redes sociais, deputadas repercutiram o caso. "Simplesmente nojento e criminoso o que estudantes de Medicina da Unisa fizeram no Intermed, torneio esportivo entre faculdades de Medicina de São Paulo. Esperamos que a Unisa tome providências, porque é um horror pensar que esses homens serão futuros médicos", escreveu a deputada federal Talíria Petrone (Psol-RJ).

"O ato se configura como importunação sexual e deve ser encarado com a seriedade que merece. São essas mesmas figuras que cuidarão da nossa sociedade quando formados médicos?", questionou a deputada estadual do RJ Marina do MST (PT).

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