Arthur do Val considera preocupante que seus adversários políticos não entendam ironias
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Arthur do Val considera preocupante que seus adversários políticos não entendam ironias






Nesta terça-feira (18) o membro do MBL e ex-deputado cassado, Arthur do Val, disse com exclusividade ao iG que estava sendo irônico ao  chamar seus colegas do MBL e a si mesmo de “fascistas” em um vídeo feito durante uma ação de “fiscalização” realizada pelo grupo na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

“Nesse caso de que eu falei ‘ah, falaram que não ia ter fascista, e teve fascista pra caramba’, isso só mostra que é tão triste a nossa situação, que os estudantes e os nossos oponentes políticos não conseguem sequer interpretar uma ironia. É inacreditável”, disse Arthur do Val.  

Ele se refere a imagens de um storie postado em sua conta do Instagram na segunda-feira (17), no Centro de Convivência desativado pela UFSC. Nas imagens, Do Val aparece junto a colegas de seus tempos no MBL e fala para a câmera: “Tamo aqui na UFSC. Falaram que não ia ter fascista aqui, não sei o que, tamo aí”.

O motivo da ida ao campus, segundo o ex-parlamentar, foi a agressão sofrida por membros do MBL enquanto pintavam paredes pichadas na instituição de ensino . Um deles foi fisicamente agredido, o que gerou uma nota de repúdio da instituição de ensino, tanto à violência quanto ao que classificou como uma invasão do espaço da universidade. 

Arthur do Val também informou, durante entrevista ao iG, que pretende postar um vídeo de maior duração exibindo sua ida à UFSC, e explicou o motivo dessa ação. 

“O objetivo desses vídeos é simples: mostrar como a gente está pagando um monte de imposto, como a gente despeja dinheiro em universidade federal - quero lembrar que a gente gasta quatro vezes mais em educação superior em vez de investir em educação básica - para que essas universidades brasileiras, que deveriam ser, sim, um centro de debate democrático e convivência, na verdade são antros de um esquerda ideológica absolutamente autoritária, que não permite nenhum tipo de pensamento diferente do deles”, disse o ex-MBL.






Tratando mais especificamente do Centro de Convivência da UFSC, Arthur do Val disse que “dá para mostrar a depredação e falta de condições sanitárias daquele prédio estar aberto. Aquele prédio deveria ser interditado, não tem condições sanitárias de pessoas estarem ali”. 

O espaço, contudo, não está em funcionamento, de acordo com uma nota oficial divulgada pela universidade na semana passada, em ocasião das agressões a outros membros do MBL, informando que o edifício “está parcialmente inoperante e que tem áreas sem condições de uso. A situação atual do prédio é reflexo da falta de repasse de verbas nos últimos anos”, e que já foram reservados recursos do orçamento de 2023 para reformar o local.

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