Além das joias da Árabia Saudita recebidas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), cinco presentes dos Emirados Árabes Unidos estão na mira das investigações da Polícia Federal (PF) contra o ex-mandatário. As peças – um relógio de mesa cravejado de pedras preciosas, um incensário e três esculturas, sendo uma delas de ouro, prata e diamantes – também foram incorporadas ao acervo privado do antigo chefe do Executivo, segundo o jornal O Globo .
A PF investiga se Bolsonaro cometeu peculato, ao tentar desviar bens públicos para patrimônio privado, e crime contra a ordem tributária. As penas, somadas, podem chegar a 16 anos de prisão . Os objetos foram recebidos por Bolsonaro em duas viagens ao país árabe: uma em outubro de 2019 e outra em novembro de 2021. À época, a Presidência não registrou o valor dos itens.
As peças estão guardadas em um galpão na fazenda do ex-piloto de Fórmula 1 Nelson Piquet , em Brasília, onde o ex-presidente enviou nove mil presentes recebidos enquanto estava à frente do Executivo. A defesa do ex-presidente alega que as peças sempre estiveram "à disposição", ressaltando que o Tribunal de Contas da União (TCU) ainda não indicou todos os objetos que devem ser devolvidos.
Autoridades só podem ficar com presentes de baixo valor monetário ou "uso personalíssimo", de acordo com a Corte. Demais itens devem ser incorporados ao acervo da Presidência, e podem ser usados pelos sucessores enquanto ocuparem o cargo.
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