O tenente-coronel Mauro Cid , ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), prestou depoimento nesta segunda-feira (22) à Polícia Federal . Ele teve que responder perguntas sobre as joias que foram dadas pelo regime da Arábia Saudita ao ex-presidente.
O militar respondeu aos questionamentos por videoconferência, porque está preso no Batalhão de Polícia do Exército em Brasília. As perguntas foram realizadas pelo delegado Adalto Machado, responsável pelas investigações.
A Polícia Federal indagou sobre a participação de Cid na ação de tentar liberar as joias saudistas. A decisão da PF em questionar o ex-ajudante de Bolsonaro ocorreu por conta de depoimentos que foram realizados ao longo da apuração.
O militar já tinha dito que a tentativa de recuperar as joias dadas pelo regime saudista teve início após um pedido de Jair Bolsonaro. Os itens valiosos foram confiscados pela Receita Federal na alfândega no Aeroporto de Guarulhos (SP) em 2021, quando uma comitiva do antigo governante tentou entrar no Brasil sem registrá-los.
Cid explicou para a PF que o então presidente informou em dezembro do ano passadosobre a existência das joias e determinou que ele verificasse se era possível pegar o presente e regularizá-lo.
Outra investigação
Mauro Cid, o ex-presidente Bolsonaro e pessoas próximas estão sendo investigados por uma suposta inserção irregular de informações de vacinação no sistema do Ministério da Saúde.
De acordo com as investigações, o ex-presidente e a filha teriam tomado a vacina, mas a informação é falsa. Estes comprovantes foram baixados a partir do aplicativo ConecteSus, do Ministério da Saúde, com base nas informações fraudulentas. Logo depois, estes registros haviam sido apagados.
Segundo a PF, isso ocorreu em dezembro de 2022, pouco antes de Bolsonaro e a família viajarem para a Flórida, nos Estados Unidos. A apuração dos policiais suspeitam que tais informações foram inseridas no sistema com a intenção de beneficiar o ex-mandatário e a família e facilitar a entrada nos EUA.
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