
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, durante visita a uma fábrica de ônibus elétricos em São Bernardo do Campo (SP) nesta sexta-feira (2), que o Brasil precisa de ajuda financeira internacional para preservar o meio ambiente e, principalmente, a Amazônia .
Lula citou o Acordo de Copenhague, realizado em 2009 na Conferência das Partes (COP 15) – órgão supremo da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima –, quando países ricos se comprometeram a repassar R$ 100 bilhões aos países em desenvolvimento para a preservação do meio ambiente e controle das mudanças climáticas, a partir de 2020. Os aportes, no entanto, não se concretizaram.
"Desde 2009, na COP de Copenhague, que o mundo desenvolvido ofereceu 100 bilhões de dólares para ajudar o mundo em desenvolvimento a cuidar da questão do clima”, disse o mandatário. “Eu estou até agora esperando os 100 bilhões de dólares", complementou.
Lula também citou os recentes repasses anunciados pelos Estados Unidos e Reino Unido, que devem destinar 500 milhões de dólares cada para o Fundo Amazônia. Contudo, alertou que mais financiamentos serão necessários.
"Se eles que são industrializados, já desmataram o que tinham que desmatar, eles têm que pagar, para que quem tem floresta ainda mantenha a floresta em pé", disse o presidente.
Fundo Amazônia
Criado há 15 anos, o Fundo Amazônia pretende captar recursos para o financiamento de ações de redução da degradação florestal e do desmatamento.
Na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o fundo foi paralisado, sendo extinto o Comitê Orientador (COFA) e o Comitê Técnico (CTFA) da iniciativa.
Ao assumir a presidência, Lula reativou o órgão e os países anunciaram novos investimentos.