O Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais (Inpe), por meio do sistema Deter-B, publicou os dados de desmatamento da Floresta Amazônica. Segundo as informações, no mês de abril, o desmatamento caiu cerca de 68% comparado ao mesmo período no ano passado. Ao todo, são 329 km² de área com alerta de desmatamento. A taxa corresponde a menor vista nos últimos três anos.
Na análise, foi possível entender quais os estados em que o desmatamento aparece em maior número. Em ordem decrescente, aparece o Amazonas (89 km²), Pará (86km²) e Mato Grosso (80km²), sendo esses os com maior taxa em abril de 2023. Ainda que tenha tido uma queda considerável, especialistas dizem que o volume continua é alto.
Segundo os dados preliminares do Inpe, a mudança é o primeiro reflexo positivo da gestão ambiental no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Vale ressaltar que a gestão anterior foi marcada pelo desmonte dos órgãos de proteção ambiental e monitoramento.
Os especialistas dizem que ainda é cedo para prever uma tendência de queda, mas que é de se apontar que é um bom sinal.
À agência de notícias Reuters, o especialista em conservação da WWF-Brasil, Daniel Silva disse que há diversos fatores que podem estar relacionado a queda, sendo a mudança de governo uma possível. "A agenda ambiental foi retomada, mas sabemos que precisa de tempo para poder colher os frutos dessa retomada".
A gestão de Lula tem tomados algumas decisões para o combate do desmatamento florestal, principalmente após a denúncia sobre a crise humanitária do povo Yanomami. Com isso, houve uma forte investida para o desmonte do garimpo ilegal, exploração ilegal de madeira e outros ilícitos ambientais.
Houve também a reestruturação dos ministérios, além do aumento na fiscalização ambiental, crescendo o número de multas e embargamentos de áreas na região nos últimos meses.