Preso preventivamente por atropelar e matar adolescente, Bruno Krupp tem habeas corpus acatado
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Preso preventivamente por atropelar e matar adolescente, Bruno Krupp tem habeas corpus acatado

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) acatou o pedido da defesa de  Bruno Krupp e concedeu um habeas corpus ao modelo,  preso preventivamente por atropelar e matar João Gabriel Cardim Guimarães, de 16 anos, no Rio de Janeiro. Krupp foi acusado de homicídio com dolo eventual. A Justiça do Rio determinou a soltura do modelo nessa terça-feira (28), e ele deve deixar o presídio nesta quarta (29).

Na decisão, o ministro Rogerio Schietti Cruz considera que  Krupp é réu primário, portador de bons antecedentes, não há “indicação da periculosidade” que justifique a medida cautelar “mais gravosa”. Cruz ainda critica, no documento, o fato de o modelo responder por homicídio doloso , mas entende que essa discussão não cabe no recurso atual.

Embora seja solta,  Krupp ainda terá que cumprir medidas cautelares , como entregar o passaporte, comparecer mensalmente em juízo, ter o direito de dirigir suspenso, e será proibido de tentar obter permissão ou habilitação para dirigir, além de fazer uso de tornozeleira eletrônica.

O advogado do réu, Ary Bergher, comemorou a decisão. "A brutalidade que fizeram com esse jovem, jamais será reparada! Parabéns ao STJ, por corrigir essa tamanha injustiça! Ainda existem juízes em Berlim", disse ele.

Bruno Krupp está preso há oito meses pela morte do estudante João Gabriel Cardim Guimarães, em julho do ano passado . Ele se tornou réu após o juiz Gustavo Gomes Kalil, da 4ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio , aceitar a denúncia do Ministério Público por homicídio com dolo eventual, quando se assume o risco de matar.

O caso

Vídeo filmado por câmeras de segurança exibe o exato momento em que a moto pilotada por Bruno Krupp atingiu o adolescente na orla da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro .

As imagens mostram João acompanhado de Mariana Cardim de Lima, sua mãe, quando atravessa a Avenida Lúcio Costa fora da faixa de pedestre. Com o impacto da batida, a perna dele acabou sendo amputada e arremessada a 50 metros à frente do acidente, caindo perto da areia da praia.

A perna precisou ser colocada em uma caixa térmica cheia de gelo para ser conservada no momento em que a equipe de resgate realizava o atendimento. João Gabriel passou por uma cirurgia no Hospital Municipal Lourenço Jorge, mas acabou morrendo.

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