Moradores em situação de rua em Brasília
FÁBIO RODRIGUES/AGÊNCIA BRASIL
Moradores em situação de rua em Brasília

A população de rua  superou as 281 mil pessoas no Brasil em 2022. Isso representa um aumento de 38% desde 2019, após a pandemia de Covid-19. Essa é a conclusão de um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

O estudo do Ipea alerta que o aumento de pessoas nas ruas é muito maior em proporção do que o da população em geral. No período de dez anos, de 2012 a 2022, o crescimento desse segmento vulnerável foi de 211%. Segundo dados do IBGE, o aumento populacional brasileiro foi de 11% entre 2011 e 2021.


A Região Sudeste concentra pouco mais da metade da população em situação de rua do país: são 151 mil pessoas. Na sequência estão Nordeste, Sul, Centro-Oeste e Norte.

A pesquisa destaca a Região Norte, onde está a menor parcela de população de rua do país, mas que, no entanto, mais que dobrou de 2019 para 2022, saindo de oito mil para mais de 18 mil pessoas vivendo nas ruas.

Leia contra "arquitetura hostil"

Em dezembro do ano passado, o  Congresso derrubou o veto à Lei Padre Julio Lancellotti. O projeto visa proibir o que é chamado de "arquitetura hostil" nas cidades, o que impacta totalmente os moradores em situação de rua. 

O projeto de lei (PL) 488/2021 recebe este nome em homenagem ao sacerdote, que tem forte atuação em favor de moradores em situação de rua e em 2021 viralizou ao ser flagrado quebrando estacas de concreto instaladas embaixo de um viaduto em SP. A intenção da instalação era impedir que os moradores de rua pudessem se estabelecer no local.

O texto da lei Padre Julio é de relatoria do deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP), e foi aprovado pela Câmara dos Deputados no final de novembro de 2022. 

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